Mário Bittencourt vai se desculpar?




Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.

Mário Bittencourt assumiu o erro. Vai se desculpar? (por Lindinor Larangeira)

“Eu errei”, disse Mano Menezes, ao substituir, aos 13 minutos do primeiro tempo, o atacante Kevin Serna. Na verdade, quem errou foi o presidente tricolor Mário Bittencourt, ao renovar o contrato desse ex-treinador em atividade.

Muita gente disse que “Mano salvou o Fluminense do rebaixamento”. A verdade é que o time não caiu apesar de Mano.

A partida mais emblemática, que talvez melhor explique isso, foi aquele empate Maracanã, contra o fraquíssimo Criciúma. E com direito a duas defesas milagrosas de Fábio, no finalzinho do jogo.

Uma vitória do Tigre naquele jogo decretaria o rebaixamento do Fluminense. Portanto, em minha opinião, o principal fator para a permanência, em primeiro lugar foram os milagres de São Fábio. Os gols de Kauã Elias e os dois tentos decisivos de Serna, nos dois últimos jogos também ajudaram a evitar o vexame.

A rigor, o Fluminense de Mano só fez três partidas aceitáveis: no Brasileirão, as vitórias no FlaxFlu e contra o Palmeiras, e o jogo de ida da Libertadores contra o Atlético Mineiro.

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No mais, duas eliminações constrangedoras, na Copa do Brasil e na Libertadores, sendo essa com uma das atuações mais covardes e indígnas da história do clube.

Com todo esse retrospecto, a diretoria do clube renovou com Mano. Antes disso acontecer, a maioria da torcida se posicionou contra.

Mas como afrontar e escarnecer o torcedor parece ser o esporte favorito do atual presidente, o contrato do treinador foi renovado.

Erro consumado, seria questão de tempo saber quando seria a demissão. Poderia ter sido após o final da campanha tenebrosa no Carioca.

Felizmente, a diretoria não esperou quase o final do turno do Brasileirão e rescindiu o vínculo.

Infelizmente, o presidente não virá a público se desculpar. Deveria. Afinal, responsabilidade, critério e autocrítica devem ser qualidades de quem tem a pretensão de ser CEO de qualquer organização. Ao que parece, não são qualificativos do Dr. Mário Bittencourt.

Outro ponto a se questionar de quem quer liderar uma futura SAF é: um CEO pode ser adepto do compadrio? Só isso explica a permanência do Sr. Paulo Angioni no Fluminense.

Sobre o jogo de sábado, pelo menos serviu para mostrar que Mano não servia. Ou seja, apenas deixou claro o óbvio.

PS: O novo treinador pode ser brasileiro ou estrangeiro. O importante é que seja competente. Modinha é essa vontade exacerbada de ser CEO.