Mário fala sobre Michael e garante que jovem não vinha usando drogas




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O pedido de rescisão de Michael, feito na tarde de terça-feira, repercute no Fluminense. O vice de futebol Mário Bittencourt explicou a situação e disse que o atacante alegou não querer mais jogar futebol. O dirigente lamentou o fato de não ter mais o atleta no elenco e frisou que o caso é “de saúde pública”, se referindo ao envolvimento de Michael com cocaína e o flagra no exame antidoping de 2013.

– Para deixar bem claro, houve pedido do Michael de demissão. Pediu para rescindir o contrato alegando não querer mais jogar futebol. Não foi assinado ainda. Concordamos e combinamos uma data para assinar essa rescisão. É uma situação que nos deixa muito triste. Queria aproveitar para dizer que é um caso de saúde pública. Um caso muito sério de um problema que ele teve com droga – disse Mário.

O vice de futebol ainda criticou as penas impostas pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). A primeira pena foi de 16 meses, mas com recurso o Fluminense conseguiu diminuir pela metade – juntando ao fato de o atleta ter que prestar serviços comunitários, como palestrar para jovens.

– Entendemos que esse caso seja um exemplo para revermos todo o sistema legislativo em relação a isso. Normas que são duríssimas. Ele é um menino que veio de origem humilde e acabou se envolvendo nessas situações. O Michael deveria ser um exemplo. Essas punições afetam o ser humano de uma forma muito ampla. Talvez não estejamos perdendo só um atleta não, talvez até um ser humano nessa briga em relação às drogas e aos problemas psicológicos que as drogas causam nele. Ele nos pediu para parar, porque não estava sentindo bem.

Por fim, Mário disse que os testes realizados no Fluminense provaram que nos últimos tempos Michael não vinha usando drogas. O dirigente propôs uma discussão mais ampla, afirmando que a cocaína não foi usada para fazer o jogador melhorar sua performance em campo.

– Ele não vinha usando drogas. Se manteve rígido. Os abalos psíquicos que ele teve foram muito grandes. Se alguém de fora do Brasil estiver vendo, acho que temos que abrir uma discussão ampla. Alijar o jogador da sua prática profissional em razão do uso de drogas, colocando no mesmo quadrado do atleta que se vicia numa droga, usa remédios… O efeito da cocaína dura 10 minutos e depois só altera a performance do atleta para pior. Não é para beneficiá-lo no jogo.

No Tricolor, Michael, de 22 anos, que tinha contrato até o fim de 2017, atuou em 28 jogos pelo profissional e marcou oito gols – foram 10 vitórias, cinco empates e 13 derrotas. Fez sua estreia na categoria no dia 6 de junho de 2012

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte / Foto: Divulgação

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