Marlon sinaliza permanência, comenta sobre a sua performance no Fluminense e exalta importância do treinador Abel Braga




Tentando juntar os cacos após uma temporada ruim, o Fluminense deu o primeiro sinal de que resolverá uma das pendências para a próxima temporada: a permanência do lateral-esquerdo Marlon. A diretoria tricolor pediu para o jogador tirar o visto para entrar nos Estados Unidos, palco da pré-temporada do Fluminense em 2018. Um bom indício da permanência do lateral, que disputou 20 jogos na temporada.

– Tirei o visto na segunda, está tudo certo. O que falta mesmo é fechar essa negociação. Mas o visto é um bom indício, fiquei até feliz quando o Fluminense me pediu para fazer. Se eu não fizesse, o indício seria de saída (risos) – revelou Marlon.

O contrato de empréstimo de Marlon termina no próximo dia 31 de dezembro, assim como a opção de compra. Segundo o empresário Marcelo Karan, o momento é de definição entre Fluminense e Criciúma.

Confira a íntegra da entrevista: 

Fica ou não?

Marlon: Meu empresário já iniciou as tratativas com a direção do clube. A gente está fazendo o possivel para ficar, já manifestei mais de uma vez publicamente que meu interesse é ficar no Fluminense. Por tudo isso quero permanecer e espero que esse desejo possa se concretizar. Ambas as partes estão fazendo o máximo para fechar a negociação. Sabemos que existem alguns empecílhos, mas quanto antes resolver, melhor. Desde que cheguei, o clube sempre se manifestou pela minha permanência. Isso me deixa feliz.



Relação com o Criciúma

Marlon: Sempre estou em contato com o Criciúma, meu empresário também. Mas o Criciúma sabe que é hora de eu seguir novos ares. Tenho uma relação muito boa com todos, foi o clube que me formou para o futebol. Eles estão fazendo as tratativas para cumprir os valores acordados no empréstimo.

Cinco meses de Fluminense

Marlon: Foram de muito aprendizado. Foi uma grande oportunidade que tive em 2017, estar em uma grande equipe, aparecer para o cenário do futebol brasileiro. Creio que aprendi muitas coisa.

Avaliação pessoal

Marlon: Dou uma nota 7. Mas sou um cara que me cobro muito. Tive alguns pontos de irregularidade. A expectativa era chegar e já ser dono da posição, mas sofri um pouco no início com a adaptação ao campeonato. Jogo de Série A é muito diferente de jogo da Série B, o nível técnico e tático é maior, assim como a exigência física. Tenho três anos de profissional, mas cometi alguns erros que não posso cometer. Algumas faltas e cartões desnecessários, suspensões excessivas, por exemplo.

Importância da permanência do Abel Braga

Marlon: O bom do Flu é que mesmo quem não está jogando tem uma relação muito boa com todos. Ele sabe conduzir muito bem o elenco, sabe explorar os pontos fortes. Esse ano deixamos a desejar, mas sabemos que o Abel pode tirar muita coisa boa dos atletas. Espero que o clube possa se reforçar para ter um 2018 digno, ao contrário desse ano.

Bom desempenho nos treinos de falta

Marlon: Sempre estou praticando com Scarpa e Sornoza. Existe uma hierarquia e temos que respeitar. Mas eles sempre falam que quando chegar a oportunidade eu vou poder cobrar. Procuro respeitar quem está mais tempo na equipe. Contra o Sport eu bati uma, aos poucos vou ganhando o meu espaço.

Horas vagas

Marlon: Sou um cara muito caseiro. Até mesmo a comida japonesa e o Outback eu vou ter que dar uma segurada. A Renata (Faro) pega no meu pé e fica em cima toda vez que eu posto alguma foto no Instagram. Ela fala: ”Fica comendo aí, depois vai ter que correr mais”. Gosto muito de jogar Fifa e ver séries no NetFlix. Assisto muitas séries políciais. Vejo ”Havaí 5.0” e ”White Collar” e outras séries de super-heróis. No Fifa, o Pedro é o melhor do elenco. Já ganhei algumas, mas quero bater nele mais vezes. O Wellington Silva e o Orejuela também jogam bem, mas Wendel e Matheus Alessandro são fracos. Ganho deles sempre.

Projeção para 2018

Marlon: Desde que cheguei, eu sabia da situação complicada. Mas quando um clube como o Fluminense te estende a mão e dá uma oportunidade dessa, você não pode dizer não. Fiquei muito feliz de vir para cá. Sabemos que alguns jogadores devem sair, outros devem chegar. A diretoria propõe um Fluminense forte para fazer uma temporada boa e almejar voos maiores.