Martelo, chave de fenda e furadeira




Foto; Vinicius Toledo / Explosão Tricolor



Buenas, tricolada! Construir é fácil, até certo ponto, mas pra desmantelar obras que levaram uma eternidade na sua edificação basta um estalar de dedos. Reconstruir, então, em essência ante as minhas experiências pessoais, muitas vezes beira o impossível.

Estes fatos sempre estiveram diante dos nossos narizes, mas temos que aprender na marra. É do ser humano! Dizia o meu avô materno, Renato, com muita propriedade, no meu conceito, que os burros aprendem às próprias custas, e os inteligentes, às custas dos outros. E vice-versa! Contudo, talvez nem ele mesmo tenha feito jus e uso total deste paradigma. Coexistimos com eternas dicotomias comuns, não tem jeito.

A atual pandemia da COVID-19 é um exemplo clássico de uma insistência danosa e recorrente que nos acomete desde o big bang. Por aqui, inúmeros cidadãos agem de acordo com os matizes e projetos íntimos – e também baseados em discursos chacinadores dos poderes. Não apreenderam nada com o mundo adoecido pelo novo coronavírus, mas que já dá sinais de redenção e cura.

O futebol, como espelho das sociedades, não agiria de forma diferente. Nem aqui nem no restante do planeta. Os países que respeitaram as recomendações dos órgãos de saúde competentes estão, aos poucos, retomando as suas atividades esportivas. Com segurança, é óbvio!

Em terras tupiniquins, o atropelo das medidas de preservação à vida começa a emergir perigosamente. Em nome da economia, dos empresários e gestores (que descobriram, a fórceps, os valores da robustez do trabalho) e do… do… do… Flamengo! OK! Do Vasco e de algumas agremiações também, mas especialmente dos rubro-negros. Sim, os protegidos da opinião pública e da mídia, o clube queridinho do Brasil, quer desprezar todas as normas de precaução, prudência, cautela, seguro, resguardo, reserva e estabilidade para manter os status de patrão, dono da ciência e vencedor. Tal qual um certo alguém, líder de uma nação!

Como fiz referência no primeiro parágrafo, uma construção requer paciência, empenho, zelo, perseverança, obstinação, competência, coragem e ferramentas. Mário Bittencourt no Fluzão vem operando com martelo, chave de fenda, furadeira, pregos, parafusos, criatividade e suor. Diferentemente dos diretores rivais, que só sobrevivem – ou pretendem sobreviver – satisfatoriamente nos seus clubes com tecnologia, motosserras, maquinarias sofisticadas, irresponsabilidade, proteção e ajuda alheia – e dos mandachuvas. Como via de regra ocorreu ao longo de uma trajetória repleta de vitórias, mas igualmente de polêmicas e dúvidas.

Teve até diretor dos caras falando à imprensa, em tom crítico, ameaçador e covarde, sobre as decisões (acertadas) do nosso Presidente! Realmente, não sei o que se passa na cabeça tacanha de determinados sujeitos, ciosos apenas de suas competências internas, mas amplamente antissociais e descarrilhados dos vagões do trem da vida! Farinha pouca, meu pirão primeiro!

Que o Fluminense Football Club, por intermédio do Mário e compadrios, como entidade inovadora, à frente do tempo e de vanguarda, prócer do ineditismo, modelo e cânone em mais de cem anos de substância, fundamento, sentido e conteúdo, possa permanecer nos autos da história como a verdadeira imagem da solidez e da conduta infalível, e não como alvo dos ataques bárbaros, impostores e ardilosos de pessoas velhacas, ávidas em desconstruir a nossa memória e a nossa biografia num estalar de dedos!

Queiram ou não, gostem ou não os “inimigos”, somos a crônica e o enredo do futebol e da vida. Quem quiser que vasculhe os alfarrábios amarelados de uma fábula nominada de Fluminense!

Saudações eternamente tricolores!

Ricardo Timon