Menos consoantes… Menos volantes… Mais esperança!

Amigos Tricolores,

Depois da Desdrubsckyzação feita nas Laranjeiras, e com a entrada do Enderson Moreira, temos uma nova esperança para o time…

Quando o Ricardo Drubscky estreou no Brasileirão contra um adversário dos mais fracos da competição, no Maracanã e com a moral da torcida a favor, simplesmente com três volantes!, escrevi, numa coluna anterior à partida, que não entendia tanta precaução.

Jogar contra o modesto Joinville, que com certeza lutará apenas para não cair, com tantas preocupações defensivas, era realmente perder a oportunidade de chegar se impondo na competição.

Dois zagueiros e mais Pierre estreando, Edson e Jean, além de termos um lateral esquerdo que pouco apoia, realmente era respeitar demais um adversário de pouco potencial.

Ressaltei que Edson e Jean têm características de sair para o jogo, até batem de fora da área, mas a natureza deles é mais defensiva.

Deixar de fora na ocasião Wagner e Vinicius foi um erro que se revelou ao longo da partida, pois, não só eles, como também o Robert, foram entrando ao longo do segundo tempo, na medida em que o tempo passava e o gol não saía.

E o que foi pior:  com um homem a mais desde os 24 minutos do primeiro tempo, e tendo o adversário retirado um atacante para recompor a zaga, ainda assim o Drubscky manteve três desnecessários volantes, perdendo um tempo de jogo sem abrir o placar.

Só no intervalo entrou o Robert, mal por sinal, e depois Wagner, até entrar o Vinicius, que teve inclusive a felicidade de definir o jogo, aos 43 minutos do segundo tempo.

Era necessário tanto sofrimento por pura covardia?

O mais irônico foi ouvir comentários pós-jogo de que ele mexeu bem no time, e buscou a vitória até o final. Ora, mexer bem depois de escalar mal desde o início, apenas fazendo algumas correções, é uma postura bastante óbvia.

Na ocasião de minha coluna, antes do jogo, alguns tricolores comentaram em nossa página do facebook relativa à postagem, cobrando que eu não criticasse antes da hora, que desse uma chance ao das consoantes.

O futebol às vezes é óbvio, a bola rolando mostrou que era muito defensor para pouco adversário.

Conquistada a vitória, tivemos uma semana de preparativos para o segundo jogo. E adivinhem se o treinador abriu mão de seus três volantes?

Com eles treinou, com eles insistiu, ainda mais que o adversário era bem mais forte, e jogando com mando de campo, em Brasília, o que era no mínimo um campo neutro. Chegou a inventar um Jean de ponta-esquerda, violentando completamente as características do jogador.

E o que vimos? Um massacre de um time sobre outro, um novo ataque contra defesa. E dessa vez era o Flu que fazia a defesa, e, quando pegava a bola, muito pouco criava.

Se no primeiro jogo o Flu teve total posse de bola, mas se mostrava improdutivo com tantos volantes, no segundo os tais volantes tornaram o time apenas defensivo, sem jogadas criativas, sem consistência ofensiva. Quando tomava a bola nada conseguia produzir.

Definitivamente o Drubscky sentiu o peso da camisa. É aquela história: você pode tirar um treinador de um ostracismo e de uma condição de menos relevância no futebol, mas não será fácil de uma hora para outra fazê-lo um treinador de time grande, ousado e seguro de si. Você pode até tirar o Drubscky de um time da segunda divisão, mas dificilmente vai tirar a segunda divisão de um Drubscky.

Começou e acabou abraçado com seus três volantes. Não escalou-os no Estadual porque ainda não tinha o Pierre, e talvez não confiasse no reserva Rafinha, ou mesmo achasse que no Estadual não precisava de tantas precauções.

Brasileiro é para os fortes. Drubscky dirigiu o time por apenas 8 jogos, com 5 vitórias e 3 derrotas. Nada de empates, o que aliás o Fluminense tem muito poucos em 2015: na verdade foi um só, contra o Tigres, 1 x 1 no Maracanã, um jogo atípico onde na verdade fizemos três gols legítimos, mas nem o juiz acreditou que o Walter marcara um gol e o anulou absurdamente.

Seria o Enderson Moreira uma unanimidade? A solução de todos os nossos problemas?

Certamente não, mas é o que temos para o momento. É confiar e esperar que ele acerte o time, parece que já começou dando vida ao meio-campo, substituindo um dos volantes.

Enderson fará sua segunda passagem pelo clube. Na primeira chegou como um interino, segurou a cadeira até quando chegasse o titular, Abel Braga. Dirigiu o time por 12 jogos, entre março e maio de 2011, após a covarde fuga de Muricy durante o Estadual.

Assumiu o time numa turbulência, estreou num rabo de foguete, contra o América do México pela Libertadores, no Engenhão, quando o Fluminense tinha que ganhar de qualquer maneira.

Perdíamos por 2 x 1 até os 34 do segundo tempo, quando Araújo empatou e Deco fez o gol da vitória, aos 42 do segundo tempo.

A campanha seguiu com derrota no Uruguai, para o Nacional, por 2 x 0, mas a equipe se classificou na fase de grupos de maneira heróica contra o Argentinos Juniors, ganhando a vaga no campo (4 x 2) e no tapa, em Buenos Aires.

Encarou jogos do Estadual, sendo eliminado quatro dias após a batalha de Buenos Aires, nos pênaltis, na semifinal do segundo turno, contra o Flamengo. A seguir foi eliminado pelo Libertad, nas oitavas, após vencer no Engenhão por 3 x 1 e perder no Paraguai por 3 x 0. Iniciou, então, a campanha do Brasileirão 2011, perdendo a estreia contra o São Paulo e vencendo o Atlético-GO fora, para então ser substituído pelo Abel no terceiro jogo. Foram 7 vitórias, 2 empates e 3 derrotas.

Chegou agora barrando um dos volantes, no caso o Pierre, barrou também o Wellington Silva para dar lugar ao pouco testado Renato (que se contundiu no início da temporada e ficou fora por muito tempo), escalou Wagner e Vinicius, manteve o Magno Alves no banco provavelmente para entrar durante a partida.

Ainda acho que Giovanni não poderá continuar titular por muito tempo, por enquanto sem reservas para entrar jogando (tomara que o Breno Lopes possa mostrar qualidades), acho também que Marlon voltará ao time quando voltar da seleção sub-20.

Enfim, chegou com novas ideias, novas perspectivas, vamos ver como o time se comportará.

Hoje estarei no Maracanã, lado Sul, torcendo e gritando, se Deus quiser comemorando mais uma vitória. Porque esse negócio de fazer contas na terceira rodada de que “faltam 43 pontos para o time encerrar o ano” é para os fracos. Minhas esperanças e contas são por objetivos sempre maiores.

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE