Muhammad Ali e a essência tricolor




Se tem um time que é uma verdadeira urucubaca na vida tricolor é a Chapecoense. É pequeno, não possui tradição no futebol e nem título de expressão. Mas é dono de um feito que nenhum outro tem no país: está invicto contra o Fluzão. Mais uma para o Sobrenatural de Almeida explicar, porque nunca ter vencido a Chapecoense é demais. Já entramos no Brasileirão torcendo pra ganhar dois pontos, em dois empates, contra a Chape. Já tá bom demais!

Deixando de lado o time da Arena Condá, o final da última semana deixou uma triste notícia na imprensa do mundo inteiro: a morte da lenda Muhammad Ali. Muito mais que um boxeador, o seu legado de lutas pelos direitos civis deixará marcas em todo mundo e influenciará gerações por décadas. Mas, o que tem a ver Muhammad Ali com o dia-a-dia tricolor? Absolutamente tudo!

Ali não era apenas pancadaria; ele transformou gerações. E assim o fez em razão da personalidade marcante com a qual se apresentava em público. Bravata ou não, fato é que a forma como se portava nos ringues era a mesma como se portava em público: certeiro e mortal!

De todas as lutas de Muhammad Ali, a maior de todas foi contra o racismo. Ali era um verdadeiro embaixador da igualdade racial. É notória a frase em que ele questiona: “por que pedem que eu vá à guerra para matar pessoas, quando, em Louisville (sua cidade natal de predominância negra), os negros são tratados como cães?”. E, neste ponto, a história tricolor entra com toda a sua tradição.

Apesar da anedota vascaína de que o primeiro atleta negro jogou no time do bacalhau (década de 20), a história diz que, muito antes, o Fluminense já escalava um jogador negro em seu elenco. Tratava-se de Alfredo Guimarães, contemporâneo do grande Oscar Cox nos idos de 1910. O mais famoso jogador negro a pisar o gramado das Laranjeiras no início do século, porém, foi Carlos Alberto, oriundo do América e que estreou com a camisa tricolor em 1914. Craque de bola no time que comandava (e ainda comanda) o futebol carioca.

Mas a essência tricolor ainda encontra eco nos gritos da lenda. Ali era um verdadeiro “frasista”. Uma delas, porém, representa bem o espírito que todo tricolor deve carregar consigo. Muhammad disse: “campeões não são feitos em academias. Campeões são feitos de algo que eles têm profundamente dentro de si — um desejo, um sonho, uma visão”. E é exatamente isso que diferencia um torcedor do Fluminense dos demais. O tricolor nasceu com o desejo de vencer e a vontade de sempre lutar pelo título. Não se contenta com boas colocações.

Olhando para os próximos confrontos, alguns mais pessimistas poderão dizer: vai ser difícil! Corinthians e Grêmio são, respectivamente, líder e vice-líder na atual classificação do Brasileirão. Mas eu pergunto: e daí? O Fluminense é maior que eles e vai vencer! Até mesmo porque joga em seus domínios e ao lado de sua torcida. Por mais que ela esteja falhando este ano, é a mais apaixonada e inteligente do país e vai carregar o time nas costas novamente.

Frases que se encaixam perfeitamente a todo tricolor: “quando se é tão grande quanto eu, é difícil ser humilde”, “às vezes eu tento ser modesto, mas me faltam argumentos” e “a força de vontade deve ser mais forte que a habilidade”. Sem dúvida, Muhammad Ali falava ao torcedor do Fluzão quando dizia tais palavras.

Ali é eterno. O Fluminense também.

Ser Fluminense acima de tudo!

Toco y me voy:

  1. O Botafogo continua firme rumo à segunda divisão. De nada adianta disputar o carioquinha com ajuda da FERJ se, na hora que vale, ele não suporta a pressão. Vai ficar pequeno!
  1. O Brasileirão está cada vez menos interessante. Cada joguinho que dá pena! Suportar a lerdeza do Flu e da Chapecoense foi dureza!
  1. Levir é um gozador! Disse que o banco não poderia mudar o destino da partida. Faltou-lhe a humildade de aplicar a famosa “teoria Tiririca”: pior do que tá não fica!
  1. Richarlison cansou? Por que sempre o moleque?

5. “Eu odiava cada minuto dos treinos, mas dizia para mim mesmo: Não desista! Sofra agora e viva o resto de sua vida como um campeão.” (Muhammad Ali). Isso sim é um ídolo! Quem dera se Fred pensasse assim!

Evandro Ventura / Explosão Tricolor

Siga-nos no Twitter e curta nossa página no Facebook

INSCREVA-SE no nosso canal do YouTube e acompanhe os nossos programas!

SEJA PARCEIRO DO EXPLOSÃO TRICOLOR! – Entre em contato através do e-mail: explosao.tricolor@gmail.com