Nada mudou




Arias (Foto: Mailson Santana /Fluminense F.C)



(por Vinicius Toledo)

O Fluminense levou um baile do Fortaleza no Castelão. Sem exagero, mas se não fosse o Fábio, os cearenses teriam metido de oito. Sendo assim, a derrota pelo placar de 4 a 2 ficou barata para a rapaziada do Diniz, muito mesmo. Caça às bruxas? Negativo. O contexto do jogo na capital cearense foi bem diferente.

Primeiramente, é necessário lembrar da decisão de escalar força máxima para a partida contra o Paysandu. Era realmente necessário?

Quando chegou a hora de enfrentar o Fortaleza, que tem um time muito bem treinado pelo competentíssimo Vojvoda, Diniz optou por entrar em campo com sete reservas. Na hora que anunciou a escalação, confesso que falei comigo mesmo: “Já era”.

Encarar o Fortaleza completo dentro do Castelão lotado e valendo liderança com um time praticamente reserva é suicídio. Bastou a bola rolar para comprovar o que eu pensei na hora do anúncio da escalação. Fábio fez milagres e a derrota parcial de 2 a 1 foi um lucro enorme para o Fluminense.

Na segunda etapa, Diniz pediu socorro aos titulares poupados: Ganso, Arias, Cano e Keno. Pois é, os “poupados” tiveram que entrar para correr atrás do prejuízo. Sendo assim, vale o questionamento: não teria sido melhor escalá-los desde o início e sacá-los no intervalo ou, no máximo, até os quinze minutos do segundo tempo?

O Fluminense se jogou ao ataque, criou chances, mas também deu todos os espaços para o Fortaleza deitar e rolar nos contra-ataques. A sorte é que o Fábio evitou uma tragédia maior e a derrota de 4 a 2 acabou sendo um alívio para todos nós.

No meu ponto de vista, nada mudou. O Fluminense completinho continua sendo o time que apresenta o melhor futebol do país. A derrota no Castelão não pode servir como base para julgar o trabalho do Diniz. Não dá para cobrar de um time com sete reservas o mesmo desempenho dos titulares diante de outro time com força máxima e que é reconhecidamente muito bem treinado.

Bola pra frente e vida que segue. Na próxima terça, o couro vai comer no Maracanã com promessa de estremecer a América do Sul: Fluminense x River Plate.

A luta continua, galera!

Curtinhas:

– John Kennedy teve mais uma boa atuação. Incomodou bastante, correu atrás, explodiu a trave adversária e acabou sendo premiado com um belo gol. Tem tudo para voar longe, só depende dele.

– A escalação do Manoel foi um grande erro. O xerifão ainda está sem ritmo, escalá-lo com time misto contra um adversário como o Fortaleza foi uma tremenda bola fora. Era jogo para o Victor Mendes, que tem dado conta do recado.

– O que aconteceu com o Giovanni? O garoto iniciou bem, mas parece que foi deixado de lado…

– O Guga sofreu com o lado esquerdo do Fortaleza. A atuação foi ruim mesmo e bastante criticada, mas, na minha visão, foi apenas uma das consequência de ter entrado com o time misto. É válido lembrar as boas atuações dele nas finais da Taça Guanabara e do Carioca.

Forte abraço e ST!