Não somos idiotas, Levir!

Antes de começar a expor tudo que achei do jogo contra a Chapecoense, quero deixar bem claro que considero o Levir Culpi um grande treinador. Espero que ele continue tranquilo no comando do time, entretanto, algumas coisas necessitam ficar claras. A primeira delas é a seguinte: NÃO SOMOS IDIOTAS, LEVIR! Isso aqui é a torcida do Fluminense, uma das poucas do país que possuí capacidade intelectual diferenciada. 

“Eu sei das dificuldades de jogar com a Chapecoense aqui. É jogo de Libertadores. O time é bem encaixado, estabilizado”, disse Levir após mais um empate do Fluminense. Antes da bola rolar, todos nós sabíamos das dificuldades que poderíamos encontrar, entretanto, durante o jogo, vimos um adversário sem veneno algum, pronto para ser abatido pelo Fluminense. E o que fizemos em campo no primeiro tempo? Rigorosamente NADA!

Ok, nem sempre tudo dá certo nos primeiros quarenta e cinco minutos. Veio a segunda etapa, o Fluminense até esteve bem melhor que a Chapecoense, só que mais uma vez, o time desperdiçou chances claras de gol. Desta vez não foram tantas, mas poderíamos perfeitamente ter balançado a rede dos caras. O problema neste fundamento está se agravando, tanto é que, em diversos momentos, os jogadores tiveram em boas condições de finalizar, mas preferiram jogar a “responsa” para outro companheiro com aquele maldito passe para o lado. Pelo visto, a bola já está começando a pegar fogo nos pés da rapaziada.

O fato de ter mandado na segunda etapa não significou muita coisa. O Fred, por exemplo, se esforçou bastante, mas já não se aguentava mais em pé. Deveria ter sido sacado. Outra coisa que anda incomodando: o garoto Richarlison. O moleque ainda tem que comer muito feijão com arroz, mas a grande disposição que ele apresenta, e toda a sua intensa movimentação, que incomoda bastante o sistema defensivo adversário, não podem ser ignorados pelo Levir. Todo jogo, o garoto é o primeiro a ser sacado. Contra o Atlético-MG, o moleque estava bem, mas saiu, mesmo com o Fred, Cícero e o Gustavo Scarpa altamente desgastados. Sacar esse garoto no intervalo do jogo de ontem foi sacanagem. E mais sacanagem ainda foi deixar o Fred não arrumando nada lá na frente com duas substituições disponíveis. Na próxima, sugiro que não leve os reservas. Assim o Fluminense terá um custo menor e os jogadores poderão curtir suas famílias numa boa. 

Continuo achando que dá para o Fluminense fazer um bom Campeonato Brasileiro, caso não sofra com sérias lesões e, principalmente, a janela internacional de transferências. Só que o Levir terá que rever algumas situações, em especial, a questão das substituições. Ninguém pode ser insubstituível no Fluminense.

Segue o jogo, mas a sensação que estamos tendo neste momento é a de que o Fluminense poderia estar numa muito melhor. As circunstâncias dos jogos contra o Palmeiras, Atlético-MG e Chapecoense mostraram que poderíamos estar com cerca de 14 de pontos na tabela de classificação, mas infelizmente estamos somente com 9, e um aproveitamento de 50% em seis jogos disputados. Agora é jogar a vida nas duas próximas pedreiras que teremos pela frente: Grêmio e Corinthians.  

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Boa atuação do sistema defensivo do Fluminense. A zaga esteve muito bem. O Henrique, por exemplo, evitou um lance perigosíssimo da Chapecoense ao desarmar o atacante no mano a mano dentro da nossa área.  

2 – A dupla Edson e Douglas tem que ser mantida. Se o Pierre reaparecer barrando um dos dois… Vou deixar para vocês complementarem!

3 – Falta um camisa 10 clássico. O grande problema é encontrá-lo… Aqui no Brasil, não tem! Um volante com o estilo do Edson ou do Douglas seria bem-vindo para manter o padrão. Por falar nisso, até agora não entendi o motivo do Fluminense ter renovado com o Pierre até o final de 2017. Qual a justificativa?

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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