Nossas preocupações com o Fluminense




Cícero e Jean: dois problemas no Fluminense (Foto: Fluminense FC)
Cícero e Jean: dois problemas no Fluminense (Foto: Fluminense FC)

Sinal de alerta ligadíssimo no Fluminense. Temos que fechar logo nossa situação no Brasileirão, mas o ano de 2016 já está na área. Não há como não já estar pensando na próxima temporada.

A onda de especulações toma conta do Fluminense, algo normal quando a temporada está para acabar. Mas confesso que estou meio apavorado com algumas situações que andam soprando nos meus ouvidos.

No futebol, os nomes do Jean e do Cícero parecem cada dia mais distantes do Fluminense. Bom ou ruim? Na minha opinião, péssimo, entretanto, se tiver que escolher um para ficar, que fique o Cícero.

Sobre os possíveis reforços, muitas especulações, mas até o presente momento, parece que certo mesmo, só o Rodrigo, jovem volante do Goiás. 

Agora, serei muito sincero: a questão do patrocinador está me deixando com uma tremenda pulga atrás da orelha. Ontem, o Sr. Neville Proa, presidente da patrocinadora máster do Fluminense, deu as seguintes declarações:

“Vou para Miami. Eu vou viajar em janeiro. Eu vou indo e voltando, mas só até vender tudo. Tchau e bênção. Estamos f…, irmão. Adoro Rio, Brasil. Saio chorando. Dolorido. Estou pensando no melhor para a minha família”.

“Esse ano ainda tem contrato com Flamengo, Fluminense e Vasco. Vamos pagar tudo até o fim do ano. Não como deveria. Vamos receber um dinheiro e vou repassar. Para acabar com essa peregrinação. Só me perguntam de Fluminense [com contrato até fim de 2016]. Falam que estão sem dinheiro, mas fizeram investimento legal no Ronaldinho. O camarada não quer p… nenhuma. Quer saber de beber e trepar. Isso é sacanagem”.

“O Vasco também tinha contrato até o outro ano, mas o Eurico é um cara de palavra. Entendeu a minha situação e está tudo certo já. No Fluminense negociei com o Pedro Antônio [vice-presidente de projetos especiais], com quem sempre tive uma relação boa. Até agora, quando está fazendo essa sacanagem comigo. Eu não posso ficar até o fim do outro ano. Não tem a menor chance de acontecer isso. Se está ruim agora, imagina ano que vem. Pedi pelo amor de Deus para anularem. Não tenho dinheiro para pagar. Em outubro eu poderia dizer se ia ficar ou não. Eles não quiseram conversar. Fui na camaradagem e aconteceu isso”.

E aí, Fluminense? Vamos fazer valer o contrato que vencerá apenas no final de 2016? Vale lembrar, que o clube acertou R$ 12 milhões para 2015 e R$ 24 milhões para 2016. Me lembro muito bem, que o segundo valor foi bastante comemorado, pois seria uma injeção de R$ 2 milhões mensais para a folha salarial.

Não sabemos as condições contratuais desta parceria, mas torço para que o Fluminense esteja bem protegido. Rescisão amigável? Sou contra. Conforme consta numa publicação minha, lançada aqui no site, no último sábado, o Sr. Neville Proa andou tratando o Fluminense ao longo do ano como se fosse uma coisa qualquer. Só para relembrar:

“Achei um absurdo. Absurdo. Fazer treino fechado? Evitar que o torcedor se aproxime do craque? Pra que isso? Não concordo com essa prática e sempre que me perguntarem vou dar a mesma opinião. Estão ganhando um dinheiro que pagamos e o resto que se dane. Não é preciso nem falar”- Criticando a decisão do Fluminense em fechar os treinos e vetar as entrevistas coletivas após as atividades no dia 30/07/2015.

“Se houver uma condição de não continuar com a parceria, não vou continuar. Nosso movimento caiu, as vendas estão ruins. Infelizmente, tive que demitir 170 pessoas. Isso é por causa do jeito que está a situação brasileira. O Fluminense é maravilhoso, mas não posso pagar um patrocínio caro se não tenho dinheiro. Não está adiantando. Se houver possibilidade de bloquear em outubro, vamos fazer. Ainda não fui lá para conversar com eles. Dependendo da coisa, quando terminar esse mês, se não der uma melhorada…” – Falando publicamente sobre sua situação financeira e criando um péssimo clima de instabilidade nos bastidores do elenco, administrativo, jurídico e político do Fluminense no dia 01/09/2015.

Espero que o presidente Peter Siemsen faça valer os direitos do Fluminense. Assim como espero que o contrato tenha uma cláusula de rescisão com uma considerável multa, ainda mais se levarmos em conta que o patrocinador pagou um valor ridículo neste ano, mas com a promessa de pagar o dobro no ano que vem, talvez para compensar a merreca paga em 2015.

Para quem acha que temos que abrir as pernas, sugiro que convença o Wellington Paulista, Magno Alves, Antônio Carlos e outros jogadores que a torcida não deseja ver nem pintados de ouro, a rescindirem os seus respectivos contratos sem o Fluminense ter que meter a mão no bolso em um centavo sequer.

Vamos aguardar as próximas cenas dos capítulos das várias novelas do Fluminense. Espero que a diretoria esteja preparada para aguentar a pressão e blindar o Fluminense dos problemas internos e externos. 

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Se eu fosse o homem forte do futebol, daria ordem ao treinador de colocar em campo somente os jogadores que o Fluminense já tem a certeza de que permanecerão no clube na próxima temporada. 

2 – Quem está estudando proposta ou está com intenção de sair, necessita ser afastado destes últimos jogos. O Gerson, por exemplo, já pode ser dispensado. Não há mais necessidade dele atuar. Vamos começar a bancar o Robert!

3 – Alguém me chamará de radical, mas isso tem outro nome: PLANEJAMENTO. Na minha visão, o 2016 já deveria ter começado no último sábado, na derrota para a Chapecoense. 

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor