Novo clube de Muricy, Flamengo tem graves problemas de estrutura




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Ao desembarcar no Rio de Janeiro, mais uma vez, Muricy irá se deparar com uma situação igual ou até pior da que saiu reclamando ao deixar o Fluminense. Na época em que saiu do Tricolor, o treinador reclamou da falta de condições para os jogadores trabalharem.

– Saí por uma coisa apenas: porque não tem nenhuma condição de trabalhar. Porque me prometeram que a estrutura iria melhorar, o ano mudou e nada mudou. Não melhorou nada. Não tem equipamento, os jogadores se machucam, tem até rato no vestiário. – disparou Muricy, após deixar o clube no começo de 2011.

Hoje, no “Ninho do Urubu”, centro de treinamento do Flamengo, o comandante encontrará obras inacabadas, instalações provisórias e, mais uma vez, promessas de melhorias de estrutura.

– Me chamaram a atenção a convicção e a seriedade dos dirigentes de querer melhorar o Flamengo em todos os níveis, ou seja, estrutural e também de resultados – disse Muricy ao chegar ao Rio de Janeiro, nessa terça-feira.

A promessa dos dirigentes Rubro-Negros é de que R$12 milhões sejam investidos no ano de 2016 para a finalização do CT, mas a atual situação foi motivo de muitas críticas de Oswaldo de Oliveira. O treinador recém demitido da Gávea, em atitude semelhante a de Muricy no Fluminense, saiu do Flamengo disparando contra a estrutura do clube.

– As pessoas melhoraram muito. As pessoas com quem lidei nessa passagem de agora na parte administrativa são melhores. Mas as condições de trabalho infelizmente não são nem sombra do ideal. Se nós compararmos o Flamengo a outros grandes clubes brasileiros, ainda está muito aquém. Todo mundo sabe disso, não é novidade. O Flamengo está trabalhando muito para isso, e acho que vai conseguir daqui a determinado tempo se aparelhar, se organizar e dar melhores condições de trabalho aos jogadores e à comissão técnica. Tem muita coisa para melhorar, mas acho que o Flamengo está no caminho certo para isso – garantiu Oswaldo.

Enquanto isso, jogadores vêm tendo que passar por situações constrangedoras. Por exemplo, em março, Paulo Victor e Wallace tiveram iniciativa, fizeram um rateio e bancaram do próprio bolso a colocação de um novo piso no vestiário e mais alguns retoques, como a personalização dos armários dos atletas, num valor total de cerca de R$ 12 mil. Na ocasião, a direção garantiu aos dois que os reembolsaria, o que nove meses depois ainda não aconteceu.

Em outro momento, em um dia de treino integral, Guerrero abriu mão de tirar um cochilo em uma das beliches que ficam nos contêineres para dormir na maca. Um dos jogadores do elenco chegou a registrar o momento com uma foto feita pelo telefone celular.

Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte / Foto: Divulgação

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