Waldo Machado da Silva, ou simplesmente Waldo, é o artilheiro número 1 da história do Fluminense. O “arrombador de defesas”, como também era conhecido, jogou no Fluminense entre 1954 e 1961, tendo marcado 314 gols em 403 jogos. Importante frisar que ele nunca marcou um único gol de pênalti na carreira, o que só engrandece o seu feito. Seu estilo era rompedor, sem firulas ou preciosismos, e por conta disso perdia poucos gols, fazendo-os das mais diversas maneiras, geralmente com simplicidade e objetividade.

Crédito: revista Esporte Ilustrado Nº 849.
Crédito: revista Esporte Ilustrado Nº 849.

Contemporâneo dos grandes Castilho, Telê Santana e Pinheiro (sim, ainda existem alguns imbecis que afirmam que não temos ídolos), Waldo conquistou o título carioca de 1959 e duas edições do torneio Rio-São Paulo, o mais importante do país antes da criação do campeonato brasileiro. Waldo se destacou especialmente na histórica goleada de 7×2 contra o São Paulo, com 3 gols, e na vitória de 1×0 sobre o Palmeiras, em que fez o gol do título, ambas as partidas válidas pelo Rio-São Paulo de 1960.

Waldo se transferiu para o Valência (ESP) em 1961, onde também virou grande ídolo, tendo marcado 160 gols em 296 partidas. Permaneceu como maior artilheiro da história do clube espanhol até 2006. Desde que se transferiu para a Espanha, onde vive até hoje, ficou quase 50 anos sem voltar ao Brasil, ausência essa remediada com a homenagem recebida na sede do Fluminense em 2010, na ocasião do lançamento da sua biografia, escrito pelo brilhante jornalista Valterson Botelho, que também assina o interessante vídeo inserido logo abaixo. Talvez por essa longa ausência, Waldo não tenha sido tão cultuado pela mídia e pela própria torcida tricolor como merecia, mas no ofício de fazer gols em prol do Tricolor das Laranjeiras, não houve até hoje ninguém maior do que ele.

“Lembrar de gol é lembrar de Waldo” – Valterson Botelho

 

 

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