O Carioca tem que acabar?




O Campeonato Carioca tem que acabar? (por Lindinor Larangeira)

No início de abril de 2015, há quase dez anos, após uma expulsão absurda, pelo péssimo árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, infelizmente em atividade até os dias de hoje, Fred sai de campo revoltado, bradando uma frase que provoca polêmicas e debates desde aquele dia: “O Campeonato Carioca tem que acabar!”

Naquele ano, a dupla Fla-Flu não alimentava boas relações com a Ferj. Os dois clubes inclusive discutiam a criação de uma liga, o que não prosperou.

Em 2025, além do inamovível Rubens Lopes, “Rubinho”, para os amigos, permanecer como manda-chuva da Ferj, com a adesão dos filiados à federação, o outrora “campeonato mais charmoso do país”, atualmente é uma competição, cada vez mais desinteressante e desacreditada.

A primeira rodada do torneio, com jogos abaixo do sofrível e times horrorosos é uma prova dessa decadência, como a performance dos times mais tradicionais da cidade. Como lembrou toda a imprensa, faz quase 51 anos que os chamados grandes saiam sem vitórias na primeira rodada, naquele já distante agosto de 1974.

Antes de responder à pergunta que dá título a esse texto, existem muitas premissas. A primeira é sobre o papel dos dirigentes, sejam da Ferj ou da CBF. O que eles fazem para melhorar o nosso futebol? Confesso que não sei.

O segundo, e talvez mais importante aspecto é o perverso calendário, que pune os clubes, de maneira das mais perversas.

Dito isso, antes de acabar, o Campeonato Carioca, como a mentalidade dos nossos cartolas e o calendário do futebol brasileiro, tem que mudar.

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Quem sabe com uma fase eliminatória, só com os clubes pequenos, também chamados de modo pedante, como “de menor investimento”.

Como isso seria feito? Com muito debate entre clubes, federação, CBF, e, por que não, torcedores. Mas sempre observando que o fundamental é a alteração da lógica perversa do calendário.

Sobre a partida do Fluminense, pouco a comentar. O melhor foi ver o garoto Riquelme. Esse vai dar jogador dos bons. Gostei também do moleque Wallace, que joga de cabeça em pé e não se omite. Isaque foi tímido e quero ver mais vezes. Os demais garotos tiveram atuação honesta, com Felipe Andrade, torto na lateral-direita, um pouco abaixo e Rafael Monteiro melhorando bastante na segunda etapa.

Dos mais rodados, Vitor Eudes fez uma ótima defesa quando foi exigido. Manoel foi o zagueiro-zagueiro de sempre. E Paulo Baya tentou algumas escapadas, mas me parece um jogador talhado para o contra-ataque, coisa que pouco ocorreu contra um time que jogou se defendendo em linha baixa.

Em linhas gerais, nada muito longe do previsto, embora o time alternativo do Fluminense não tenha saído com a vitória, por conta da excelente atuação do goleiro adversário, com, pelo menos, três defesas salvadoras, garantindo o empate para o genérico do Boca Juniors.

PS1: O pior do time foi o Marcão. Demorou para mexer, mexeu errado e ainda deu uma entrevista com um otimismo exagerado.

PS2: As meninas do vôlei e os meninos da Copinha garantiram as nossas vitórias no domingo.

PS3: Centroavante, meia e primeiro-volante. Essas posições carecem de reforços.

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