O empate foi um bom resultado?




Camisa do Fluminense (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

O empate foi um bom resultado? (por Lindinor Larangeira)

“O empate é um bom resultado.” A frase atribuída a Zagallo já deu muito pano pra mangas. Em relação ao jogo de sexta-feira, à noite, no Maracanã, então… Se não foi uma catástrofe completa, não foi um bom resultado. Talvez, mediano. Como o atual treinador do Fluminense.

Aliás, que diabos o time fez no CT Carlos Castilho nesses longos dias da data Fifa? Mano continua escalando mal, mexendo pior ainda e não dá qualquer padrão de jogo claro a equipe.

A insistência com jogadores pouco combativos, como Martinelli e Diogo Barbosa, faz quase o time entrar com dois a menos. É inacreditável a titularidade absoluta desses dois, que falham sistematicamente.

O início da partida contra o Fortaleza deu a ilusão de que o time tinha aproveitado bem o tempo de treinamento. Foram 15 minutos de futebol intenso e dominante, empurrando os cearenses para seu próprio campo e chegando ao gol em bela jogada de Keno, complementada com perfeição por Lima.

Um Leão, manso e atônito, só rugiu depois da falha bisonha de Martinelli, que originou o gol de Moisés. A partir daí, o Fluminense se perdeu em campo e a torcida perdeu a paciência com Martinelli.

Com uma proposta de jogar na bola longa e no contra-ataque, o Laion chegou ao segundo gol, em falha de Diogo Barbosa, que aliás, tomou um baile do folclórico Marinho.

Sem qualquer defesa de Fábio, já que as conclusões dos visitantes resultaram em gols, a torcida vaiou, com muita vontade o time.

Durante o intervalo, os comentários e expectativas eram pelas saídas de Martinelli, Diogo Barbosa e Kauã Elias, em péssima jornada. Para surpresa de ninguém, Mano manteve a mesma equipe em campo.

O tricolor cearense segue com o seu plano e sempre mais perto de matar o jogo. Mano “premia” dois dos melhores jogadores do time na partida com substituições. Se Keno e Lima não estavam cansados ou contundidos, as alterações foram inexplicáveis.

Mano só acertou ao colocar Cano, que mesmo sem condições físicas plenas, deu mais trabalho à zaga adversária do que o moleque de Xerém e fez o gol salvador. Demorou demais para tirar o jogador de totó, ou pebolim, como preferem os paulistas, Martinelli e colocar um volante mais combativo e forte fisicamente.

Quando a torcida pedia o milagre a João de Deus, o gol de empate caiu do céu, em ótima jogada, com direito a caneta, de Samuel Xavier, que fez uma partida bem honesta e conclusão do argentino mais amado do Brasil.

Com esse empate, o Fluminense ganhou um ponto, que pode ser precioso no final das contas. Se não foi o melhor para descolar um pouco da zona da confusão, serve para não botar mais fogo no caldeirão e aumentar ainda mais a pressão vivida pelo grupo.

Na terça-feira, não dá para aceitar outro resultado que não seja a vitória. O adversário também vive uma crise e o Fluminense tem que se impor. E é a atitude do time em campo que contamina a torcida.

Não matamos o Leão, mas temos que matar o Tigre e pescar o Dourado. Se possível, transformar o Furacão em brisa.

Terça-feira é vencer ou vencer. Caso contrário…

PS1: Mano Menezes, pelo amor de Deus, Martinelli e Diogo Barbosa, não!

PS2: Que fim levou Gabriel Fuentes?

PS3: Até um certo Vitor Hugo foi escalado, por que Felipe Andrade nem relacionado é?

PS4: Será que o Mano deu dois treinos, na data Fifa?

PS5: Ao invés da estranha contratação de Vitor Hugo, por que não trouxeram um centroavante clássico? Kauã Elias sentiu o jogo. É um jogador de muito futuro, mas como é muito jovem, vai oscilar bastante.

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