O Fluminense é uma benção…




Hudson (Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.)



De forma muito merecida, o Fluminense conseguiu uma vaga direta na fase de grupos na Copa Libertadores da América. Não faltaram críticas durante a caminhada no último Brasileirão, mas também houve justo reconhecimento, em especial, na reta final, quando o Marcão promoveu a entrada de alguns garotos. Porém, a vaga na maior competição do futebol sul-americano não pode isentar a diretoria de qualquer tipo de crítica.

Sendo assim, não há como não comentar sobre o possível retorno do Hudson. Nada contra a pessoa, que parece ser bem bacana. Inclusive, ele foi uma das lideranças do elenco na temporada passada, ou seja, tem a sua importância moral. O problema é que existe uma coisa que faz toda a diferença: futebol.

Não precisa ter dado dois treinos na vida para saber que um jogador lento e que é conhecido como o “rei das faltas desnecessárias” não tem espaço para o atual futebol. E para quem ainda tem dúvida, veja a declaração do Muricy Ramalho sobre o não aproveitamento do Hudson no São Paulo:

“Tive uma conversa com ele (Crespo) hoje (terça-feira), porque nós temos que ser transparentes. Não dá para ficar escondendo as coisas das pessoas. Quando vejo um jogador que está voltando treinando separado, eu tenho que perguntar: “Existe algum interesse no jogador para ficar?” Não, não existe. Então ele tem de seguir a vida dele. O que acontece: esse setor do meio de campo, ele pensa assim, com Luan, (Rodrigo) Nestor, (Gabriel) Neves, se vier, Liziero, que está quase pronto, já treinou hoje e é um jogador em quem levamos muita fé. É um setor onde estamos dando prioridade à molecada. Então ele vai seguir seu caminho”.

Pois é, alguém tem coragem de contestar a avaliação do Muricy Ramalho?

O pior de tudo é a questão salarial, pois o Hudson não recebe pouco. E é aí que vale registrar as seguintes perguntas: Qual o critério para essa possível contratação? Um clube com uma dívida de cerca de R$ 700 milhões pode realmente se dar ao luxo de fazer esse tipo de contratação?

Mantendo a minha coerência de anos, pois sempre sinalizei preocupação com a questão financeira do clube desde a saída da Unimed, entendo que o Fluminense não tenha força para realizar grandes investimentos no futebol. Porém, não consigo aceitar esse tipo de situação envolvendo o Hudson, que é caro e não vem para ser titular. Assim como também é difícil de aceitar a contratação do Rafael Ribeiro, renovação com o Caio Paulista, o contrato de cinco anos com o Ganso realizado na gestão anterior, etc…

Esse possível retorno do Hudson é uma prova de que o atual Fluminense é uma benção…

Forte abraço e ST

Vinicius Toledo



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