O Fluminense precisa sair da zona de conforto do passado




Marcelo e Fernando Diniz (Foto: Fluminense FC)

O Fluminense precisa sair da zona de conforto do passado (por André Lobão)

A definição sobre o que é  passado nos dicionários, o descreve  como o tempo transcorrido e acabado. São os fatos e acontecimentos que  se encaixam exatamente nesse período que não volta. Se ocorreram são parte de um passado, é óbvio. Então, o tempo não para e não volta,  e a roda da  história segue seu rumo,  sempre em frente.

Esse “nariz de cera” , introdução, ou enrolação, para adentrar a um assunto,  é exatamente o time do Fluminense, de Fernando Diniz, hoje, no presente. Um time que vive de um passado recente, dos títulos da Libertadores da América,  de um bicampeonato carioca e da Recopa.

Hoje, o Fluminense de Diniz aplica uma espécie de “nariz de cera” em seu jogo que no passado recente era empolgante, mas que hoje só enrola e é improdutivo, sem criação, arremates e gols.  “Um verdadeiro nariz de cera”, como a introdução deste texto, que ao contrário do time que não joga e não faz gol, terá cumprido seu objetivo.

Nossos campeões de outrora parecem ter estacionado na zona de conforto da fama e dos títulos. Isso fica nítido nas coletivas dos pós jogos como aconteceu depois do jogo deste sábado, em mais uma derrota em clássico.

Diniz ao ser indagado pelo repórter Victor Lessa sobre o fato de ter escalado Renato Augusto com Ganso poderia ter contribuído para o fraco desempenho do nosso meio-campo, que ficou totalmente exposto ao domínio do adversário, se mostrou avesso às perguntas que o confrontam em suas decisões.

Na resposta tergiversou, dizendo que o mal desempenho, principalmente no primeiro tempo, foi por conta da postura do time. Ou seja, ele não reconhece que escalou mal e ainda joga a culpa,  de forma sutil,  nos jogadores.

Já Marcelo com uma empáfia e arrogância poucas vezes vista,  desqualificou a pergunta do repórter Cauã Tinoco que questionou a postura da equipe  nos clássicos. O Fluminense não ganha um clássico contra grandes do Rio há 12 partidas.

O lateral desqualificou a pergunta do jornalista sobre a postura do time frente aos clássicos,  que na pergunta apresentada não está sendo agressiva. Marcelo  após a indagação de Cauã questionou o jornalista sobre em que se baseava para tal pergunta. O repórter respondeu que faz isso a partir da repercussão do jejum de vitórias nas redes sociais e de opinião própria. Prontamente Marcelo minimizou o questionamento, dando entender que o que se diz em redes sociais não pode ser levado a sério. 

Esquece o nosso craque campeão que as redes sociais representam hoje o espaço público para repercussão e debate de questões da sociedade e do próprio futebol. Basta dizer que o próprio Marcelo possui milhões de seguidores em suas mídias sociais. Se não fossem relevantes ele não estaria lá, correto?

Pelo jeito, Marcelo discorda de Fernando Diniz quando este último cobra postura dos jogadores, expondo uma situação contraditória na equipe.

Enfim, é hora de descer do “salto alto” e arrogância baseada num passado que não volta mais. O ano de 2023 foi o  mais produtivo em termos de títulos  para o Fluminense,  com a conquista da tão almejada Libertadores de América.

Se passarmos pelo clube de remo rumo às finais será um verdadeiro milagre, e sinceramente é difícil acreditar em milagres como o que aconteceu na final do carioca de 2023, quando revertemos uma vantagem desfavorável de dois gols. Aquele é um passado em que tínhamos uma equipe focada e bem preparada técnica e fisicamente. Ao contrário do presente de inércia.

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