O “Fora Diniz” dos emocionados




Fernando Diniz (Marcelo Gonçalves/Fluminense FC)



(por Vinicius Toledo)

Quatro jogos sem vitória e sem marcar um gol sequer, três derrotas seguidas, lesões, etc… Pois é, o momento não é nada bom para o Fluminense. Muita gente criticando o Fernando Diniz, que até pouco tempo era “o cara”, o “revolucionário”, uma “mente brilhante” que pensava fora da curva. Os mais emocionados já estão gritando “Fora Diniz”! Já a imprensa também começou a “jogar gasolina” no princípio de incêndio tricolor com questionamentos e críticas sem uma análise mais aprofundada. Sendo assim, vamos lá…

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Primeiramente, é necessário apontar um problema que, na minha opinião, é o mais grave: o lado esquerdo do time. O trio Marcelo, Alexsander e Keno faz muita falta. O Marcelo é a “cereja do bolo”, o Alexsander é o “motorzinho” do time e o Keno vinha desempenhando bom papel tático. Não considerar isso logo de cara é má vontade ou desconhecimento básico de futebol.

Com o problema no lado esquerdo e sem um reserva para desempenhar a função de “ponta”, Jhon Arias está sobrecarregado. O colombiano cai pelos dois lados do campo, se desgasta mais e vira presa fácil para a marcação. O Diniz até tentou preencher a lacuna deixada pelo Keno com John Kennedy e Lelê, mas não deu certo. Lima às vezes aparece pelo lado, mas essa não é a praia dele.

Um outro ponto que chama atenção é sobre os gols sofridos nos três últimos jogos. Contra o Botafogo, Fábio não cortou pelo alto, a bola pipocou na defesa até a bola sobrar para o Vitor Cuesta marcar o gol. Já contra o The Strongest, uma nova falha da defesa em mais um cruzamento. No último domingo, contra o Corinthians, um pacotão de falhas nos dois gols que surgiram através de cruzamentos: bola nas costas de lateral, zagueiros não achando nada pelo alto, etc… 

Por último, um ponto que é comentado desde o início do ano: o elenco é limitado. Isso está cada vez mais escancarado.

No futebol, se a bola entra, tudo é lindo e maravilhoso, mas quando ela não entra, a caça às bruxas aparece com força total. Porém, prefiro ser o mais justo possível. Não enxergo falta de vontade dos jogadores como muita gente anda falando por aí e também não acho que o “Dinizismo” esteja com os dias contados.

Vou falar uma coisa que tenho comentado há tempos: o Fluminense não tem condições de encarar três competições ao mesmo tempo. Honestamente, acredito que dê para fazer um bom Brasileirão e até tentar lutar por uma das duas Copas. No ano passado, o time saiu cedo da Copa Sul-Americana e restaram apenas as duas competições nacionais. Resultado: terceiro colocado no Campeonato Brasileiro e semifinalista na Copa do Brasil.

Para encerrar, o Fluminense completo tem um excelente time muito bem treinado pelo Fernando Diniz, inclusive, o trabalho apresentou evolução em alguns pontos importantes em relação ao ano passado. Porém, é necessário que ele apresente novas alternativas táticas diante de tantos problemas e também considere alguns nomes formados na base como o Esquerdinha, Edinho e Isaac, pois a torcida não merece aturar jogadores como o Thiago Santos, Pirani, etc…

Por hoje é só.

Forte abraço e ST