O preocupante cenário do Fluminense




Jamais faltará apoio ao Fluminense (Foto: Vinicius Viana/Explosão Tricolor)
Jamais faltará apoio ao Fluminense (Foto: Vinicius Viana/Explosão Tricolor)
Jamais faltará apoio ao Fluminense (Foto: Vinicius Viana/Explosão Tricolor)

O goleiro anda em má fase e vem acumulando sucessivas falhas.

Nas laterais, só temos o Wellington Silva, que diga-se de passagem, só sabe atacar.

A zaga não engrenou, mas como as melhores opções tiveram recentes problemas clínicos e físicos, darei um desconto. Antonio Carlos está chegando e já é visto como salvador da pátria. Menos, menos… Não é assim que a banda toca. 

Entre os volantes, o melhor deles tem sido o pior. Já passou da hora do Jean tomar vergonha na cara. Talvez isto explique boa parte dos problemas do nosso sistema defensivo. Espero que o Pierre seja o nosso “cincão porrador”. Sim, sou um dos poucos que ainda acham que a defesa tem que ter um cara que faça o “serviço sujo” e “chegue junto” dos adversários. O time perde na saída de bola, mas a defesa ganha uma blindagem maior.   

Na criação, nenhum grande craque para assumir a responsabilidade técnica do time. Apenas o Gerson, que ainda é apenas uma grande promessa, o Vinicius, que é uma boa opção para o banco de reservas e o Wagner, que nasceu para ser “eterno coadjuvante de luxo”, mas com salário de estrela. No restante das opções, fica a torcida pelo irregular garoto Robert. 

No ataque, o Fred, melhor centroavante do país, está prestes a perder aquele que seria o seu melhor parceiro. Alguém tem dúvida de que o Kenedy será vendido no meio do ano? Torço para que a Diretoria consiga mantê-lo, mas não será nada fácil… 

A espinha dorsal deste time tem que voltar a jogar bola de verdade, pois ela custa os olhos da cara e o clube fez uma espécie de “pacto com o diabo” com cada um deles ao assinar longos contratos com salários astronômicos. 

Mesmo diante deste preocupante cenário, o vice de futebol, Mario Bittencourt, afirmou com todas as letras, que o Fluminense entrará no Brasileirão para vencer. Na empolgação do lançamento da camisa verde, realizado na última sexta, o presidente Peter Siemsen pegou o microfone e soltou para os mais de trezentos tricolores que estavam na frente da loja: “Seremos campeões com essa camisa verde”. Acho muito legal esse lance de colocar um pensamento positivo naquilo que a gente trabalha, mas no futebol, isso é uma tática perigosa. Pelo que o Flu apresentou até o momento, e pela falta de perspectivas de grandes reforços, não consigo ter a mesma empolgação dos nossos dirigentes.    

Não sei qual será o nosso futuro no Brasileirão, mas não crio nenhuma grande expectativa. Nem comentarei sobre a Copa do Brasil, pois a considero um caso a parte. Tudo pode acontecer numa competição mata-mata.  

Com todos os dias que este elenco terá para treinar, espero que o tal do “dedo do treinador” entre em ação. Até a eliminação, o Ricardo Drubscky tinha o álibi de ter entrado com o circo pegando fogo. No duelo decisivo contra o Botafogo, ele errou feio ao escalar o Vinicius como centroavante. Apesar disso, não pode ser considerado o grande vilão da eliminação, entretanto, não há como ficar com o pé atrás, pois é sempre bom lembrarmos que a escolha dele foi feita em função do baixo custo financeiro, ou seja, o critério técnico, que deveria ter sido o principal motivo para contratá-lo, não foi considerado como fundamental.

Para tentar acreditar no time durante o restante da temporada, alguns tricolores andam usando como justificativa, a baixa qualidade técnica de grande parte da concorrência que disputará a Série A deste ano. Isso me faz lembrar um aprendizado que tive na sexta série primária, quando tirei nota 2,0 em Matemática. Na época, minha mãe, Dona Angela, me cobriu no esporro. Para me defender, usei o seguinte argumento: “Mãe, a turma toda tirou nota baixa” (e foi verdade). Ela me respondeu na lata: “Problema é do restante da turma, eles não são meus filhos. Quero saber somente da sua vida”. Pois é… A torcida do Fluminense tem que esquecer a vida dos outros e focar na sua.  

Estou muito preocupado, pois o nosso elenco está recheado de garotos que subiram da base, reforços que não vingaram e uma espinha dorsal que, com exceção do Fred, não vem correspondendo há tempos.

Vamos aguardar os próximos dias. Só acho que é melhor ficar de bico calado ao invés de criar falsas esperanças. Infelizmente, há quem acredite em qualquer “arroto de caviar” para manter uma pose que não condiz com a dura realidade.

Sou daqueles que gosta de trabalhar sempre com a verdade, mesmo que ela doa bastante. É mais justo, honesto e a gente só tem a ganhar. E é assim que tem que ser. 

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Qual a vantagem de abrir as portas do Fluminense para o empresário Eduardo Uram? João Filipe, Guilherme Santos, Henrique e Lucas Gomes…

2 – Além dos quatro citados acima, Eduardo Uram está entubando o zagueiro Antonio Carlos.

3 – Fazer parceria com empresário é algo normal, mas para render só baranga não dá. 

4 – Diante deste cenário, o tão comentado SCOUT, usado como critério para as novas contratações, agora tem nome: Eduardo Uram.

5 – Ainda preciso ver a camisa verde ao vivo para dar alguma opinião, mas a ação publicitária com o slogan “VENCER OU GANHAR” foi uma aberração histórica. Com certeza, os idealizadores virão com alguma conversa fiada para justificar o injustificável. No Fluminense, só existe o famoso lema “Vencer ou Vencer”, criado pelo Dr. Francisco Horta, eterno presidente da Máquina Tricolor. O mais triste disso tudo é ver alguns tricolores comentando nas redes sociais que isso é o de menos, e dizendo que a torcida implica com tudo, xingando com palavrões pesados… É a famosa “geração mimimi” que tem preguiça de ler, pesquisar e conhecer a história do Fluminense, Brasil, etc…  

6 – O Marketing do Fluminense merece uma intervenção da torcida. Muitos garotos de apenas 15 anos de idade fariam muito melhor. Basta olhar algumas imagens e ações que a molecada cria nas redes sociais.

7 – A minha amiga Jessica Hentzy compartilhou o último texto dela no grupo Fluminense – CHAT OFICIAL. Alguns “machões” mandaram ela tomar @$ %&. Não tenho nem palavras para definir este tipo de coisa. A Jessica é uma menina batalhadora, humilde e bastante inteligente. Está correndo atrás conosco para fazer um trabalho de alta qualidade. Ninguém é obrigado a concordar com a opinião dela, mas respeito é bom e todo mundo gosta. Atitude covarde, suja e de pessoas que devem ter sido criadas dentro da Vila Mimosa.   

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo

Explosão Tricolor