O previsível Fluminense do Roger Machado




Roger Machado (Foto: Mailson Santana / Fluminense F.C.)



O Fluminense perdeu a primeira no Brasileirão 2021. Alguma surpresa? Nenhuma. No primeiro tempo, o Tricolor até controlou o jogo. A marcação não deixou o Atlético-GO criar quase nada. Kayky e Gabriel Teixeira até se viraram pelas pontas, inclusive, criaram duas boas jogadas para o Fred. Porém, ainda tinha o segundo tempo…

Pois é, na etapa final, a ausência de variação tática, o desgaste físico (por conta da sequência e, principalmente, do sistema de jogo) e até as circunstâncias da partida jogaram contra. A dupla Nenê e Fred andando em campo só facilitou a vida da equipe goiana, que se impôs fisicamente e teve total liberdade para trabalhar a bola desde o seu campo de defesa sem qualquer tipo de pressão. Sendo assim, o efeito foi devastador, pois os volantes tricolores ficaram sobrecarregados, a zaga ficou exposta, etc…

Para agravar ainda mais a situação, Samuel Xavier teve que sair por conta de algum problema muscular. Sem reserva imediato, Yago Felipe foi deslocado para lateral-direita. Era o que faltava para a “porteira tricolor” ficar totalmente aberta. Marcos Felipe até tentou salvar mais uma vez, mas não deu. E olha que até a trave ajudou… Merecidamente, o Atlético-GO abriu o marcador, que acabou sendo o suficiente para garantir a justíssima vitória.

O que ocorreu de diferente em relação aos jogos anteriores é que o Fluminense não achou um gol, pois no restante foi o mais do mesmo, ou seja, um time amarrado a um sistema de jogo que está manjado por todos e com as já conhecidas substituições. Não há uma variação tática, mudanças de posicionamento, etc… É bem verdade que os resultados até aqui foram bons, mas algumas atuações individuais fizeram a diferença para que eles fossem alcançados. O Marcos Felipe, por exemplo, salvou o time em diversas ocasiões. 

Não sou a favor de caça às bruxas, porém, o Roger Machado tem que deixar de ser técnico de uma nota só, caso contrário…

Observações:

– O Fluminense deu azar na lateral-direita. Calegari vinha bem, mas sentiu algo. Samuel Xavier entrou no intervalo e também sentiu. O deslocamento do Yago para a referida posição desmontou de vez o meio de campo.

– O Danilo Barcelos jamais poderia vestir a camisa do Fluminense, mas a torcida é corneteira, nunca deu dois treinos na vida, etc…

– Na coletiva pós-jogo, fiz duas perguntas ao técnico Roger Machado: a primeira sobre a permanência da dupla Nenê e Fred até os trinta do segundo tempo. Já a segunda foi sobre a lateral-esquerda. Perguntei se o clube pensa em contratar para a posição ou se ele está satisfeito com o Egídio e Danilo Barcelos. Seguem os links com as respostas:

+ Roger Machado defende decisão de manter Fred e Nenê em campo até os 30 minutos do segundo tempo

+ Roger Machado praticamente descarta a chegada de um novo lateral-esquerdo

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Forte abraço e ST!

Vinicius Toledo

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