O que precisa mudar para 2018? 




A pouca vergonha que foi aquele primeiro tempo do Fluminense contra o Sport no sábado sacramentou o que todos nós tricolores já sabíamos: o ano acabou.

Acabou no apito final do jogo contra a Ponte.

Ainda dava pra cavar uma vaga na Sula do ano que vem? Dava.

Mas dá pra acreditar nesse time atual do Fluminense?

Por isso o título desse texto… gostaria de convidar meus amigos tricolores a essa reflexão: o que precisa mudar no Fluminense para que o nosso 2018 não seja mais um ano amargo?

Bom, o primeiro de tudo, e acredito que mais óbvio, é a postura da cartolagem tricolor.

Chega dessa postura acovardada.

É óbvio que eu jamais quero uma política de gastos desenfreados e burros que nos façam pagar o pato depois. Esse tipo de cartolagem tem que ficar no passado, hoje não tem mais espaço pra esse tipo de coisa no futebol.

Porém, não dá pra viver de chorar miséria e se fazer de coitado. Alguma atitude tem que ser tomada.

E qual é essa atitude pra montar um time bom e não se endividar até o pescoço? Se eu soubesse era cartola do Fluminense e não editor e escritor.

Vocês, membros da gestão do futebol, leia-se Flusócio, candidataram-se e foram eleitos pra isso. Não é possível que não tenham nenhuma ideia do que estejam fazendo aí. Se não têm, então por que continuar?

Acho que tá na hora de baixar essa bola e dar o braço a torcer. É merda atrás de merda, ano após ano. Não dá mais.

Criaram a fábula das contas equacionadas e depois anunciaram rombo multimilionário. Isso é burrice ou desonestidade? Só tem essas duas opções, uma das duas foi.

Deixando os engravatados de lado e passando pro campo, o que precisa mudar dentro das quatro linhas?

Sim, um monte de coisa.

Temos carência em absolutamente todos os setores. Não pela quantidade de atletas, mas pela qualidade mesmo.

Nossos goleiros não passam confiança, assim como nossos zagueiros. A lateral direita é um pesadelo, a esquerda tem jogadores inexperientes. Na volância sofremos com contusões e queda de rendimento drástica de jogadores. Na criação, mais lesões e Sornoza e Gustavo Scarpa sobrecarregados. No ataque temos um dos artilheiros do campeonato, mas vemos o ano acabar com o Marcos Júnior como titular indiscutível.

Sim. Temos muitos problemas.

Dá pra contratar um jogador pra cada posição? Provavelmente não. Mas se conseguirmos trazer quatro peças pra chegarem e assumirem a titularidade, nosso time muda de patamar.

Na beirada do gramado eu sou totalmente contra a saída do Abel. Em que pese a teimosia do nosso comandante em insistir com algumas peças e esquemas que sabemos não serem os ideais, acho que ele tem condições de fazer esse time jogar se tiver material pra isso.

Por último, tem que ter mudança de postura na arquibancada. Claro que eu não tô falando, por exemplo, dos 12 mil abnegados que foram sábado ao Maracanã apoiar um time sem sangue. Esses estão sempre lá, nas boas e nas más.

Eu tô falando da torcida tricolor de um modo geral.

“Mas porra, Toni, tu mesmo tá falando que o time tem um monte de problema, como é que eu vou sair de casa pra ver um time mequetrefe desse jogar?”

Eu sei que essa questão passa na cabeça de muitos tricolores, mas é o seguinte: o Fluminense é muito maior do que os jogadores e os dirigentes. O afastamento dos torcedores é culpa sim das administrações que apequenaram o clube, mas tá na hora de tomar o Fluminense de volta pra quem ele sempre pertenceu.

Ano que vem a torcida – sim, também ela – precisa ter uma postura diferente e comprar a briga.

Nós somos o Fluminense.

Só com muita mudança teremos motivos pra comemorar em 2018.

No mais, VENCE O FLUMINENSE!!!

Toni Moraes



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