Obras adiantadas e estádio próprio: Confira a entrevista completa de Pedro Antônio!




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Vice de projetos especiais, Pedro Antônio lidera as obras no CT. (Foto: Caio Blois)

O vice-presidente de Projetos Especiais, Pedro Antônio, concedeu uma entrevista exclusiva para o site ESPN.com.br e nessa entrevista abordou assuntos esclarecedores e bem animadores para a torcida do Fluminense.

O dirigente garantiu que a obra está muito bem encaminhada e que seus custos já foram reduzidos em mais da metade: de R$ 45 milhões para R$ 20 milhões. Detalhou ainda sobre como conseguiu reduzir esses custos, falou sobre um programa de voluntariado que o clube lançará para os torcedores que quiserem ajudar de alguma forma e fez projeções para o sonho de ter um estádio próprio.

Confira os temas abordados:

Prazo para início das construções:

“A construção será antecipada para o dia 1º de novembro. Ali já vamos bater estacas, já começa a produção. A torre ali na frente também, em paralelo seguiremos construindo. Os campos, começando em novembro, estarão prontos no máximo em março, isso sendo muito pessimista. Depois do plantio, em 90 dias, o campo já deve estar pronto. A construção integral do CT, que custaria R$ 45 milhões quando anunciei o projeto, deve, sem a construção da torre, chegar na fase inicial de uso, com o CT já em funcionamento, abaixo dos R$ 20 milhões, em um tempo que as obras só atrasam e aumentam de valor”, garantiu Pedro Antônio.

Redução de custos nas obras:

“A gente já economizou R$ 12 milhões entre negociações, boas oportunidades de compra, doações, etc. Vamos ter 9600 m² de construção, temos estimado de aterro 240 mil m², já estamos com mais de 11 mil caminhões de aterro colocados, construções de rua… Financeiramente, o aterro, que seria estimado em mais ou menos R$ 25 milhões, nós devemos gastar menos de R$ 4 milhões”, explicou.

Além disso, descontos e a ajuda de outros tricolores parceiros para a construção do CT têm ajudado bastante, tanto no andamento da obra como na parte financeira.

“Nesse momento a gente teve basicamente duas empresas dando descontos. Torcedores que nunca tinham feito trabalho para o Fluminense. Nenhum parceiro do CT era parceiro do clube, até porque o Flu não faz obras. O grande desafio será na parte da construção. A gente vai contratar uma construtora para fazer a obra, assumiremos o encargo da compra de materiais. Muitos tricolores poderão doar ou fazer descontos enquanto empresas, o que uma construtora compra em condições normais dificilmente vai acontecer. Estamos fazendo as definições técnicas para o processo de licitação para as construtoras que vão fazer a torre e outras fundações. Hoje somos seis empresas fazendo projetos paralelos. Financeiramente está tudo viabilizado. O custo de projeto não é barato, mas não é inviável”, declarou.

Programa de voluntariado:

“Mais para a frente vamos começar um programa de voluntariado, tanto na parte da obra como administrativa, estamos precisando de gente. A gente vai fazer um projeto, um documento junto ao departamento jurídico para estabelecer as normas, conseguir no início algumas pessoas pontualmente de acordo com as necessidades. Será necessário contar com mais pessoas, e garanto que não vão faltar tricolores para ajudar”, projetou.

Início do projeto e envolvimento com as obras:

“Meu envolvimento com o CT começou quando o Peter foi visitar o meu terreno, o Banana Golf, para comprar. Fizemos todas essas contas de construção, já tínhamos a estrutura de instalações, ali em seis meses poderíamos ter um centro de treinamentos. Mas o Fluminense não tinha condições, tinha um passivo muito grande. Eu vi a obstinação do presidente. Não conhecia ele, mas daí a frente passamos a nos falar muito. Um dia, eu fui direto: ‘acho que o departamento de futebol começar a pensar nisso não vai dar’, imagina, fazer futebol e ainda pensar em CT? Não tem nem conhecimento para isso. Aí o presidente falou: ‘Se depender de mim, começa agora!'”, lembrou.

“Tem gente que não sabe, mas subir aqui, olhar esse visual, é uma emoção incrível, uma alegria muito grande. Quando você passa a fita em primeiro na maratona é feliz, mas só o maratonista sabe o quanto ele correu, se preparou, abdicou de outras coisas, enfim. Ontem mesmo trabalhei em casa, Peter viu o jogo comigo e depois de ele ir embora fiquei vendo mais coisas”, se derreteu.

Dificuldades para uma obra, como essa, de grande porte:

“Não tem difícil. As coisas difíceis demoram um pouquinho. Impossível demora mais. E o impossível não existe para o Fluminense. Não tem impossível. O mais difícil é ficar aqui de noite, tem muito mosquito (risos). Eu tomo remédio em função de problemas cardíacos, então todo dia na minha cama tem marca de sangue, parece cama de hospital, tenho que mudar sempre os lençóis (risos)”, disse.

Objetivos para o futuro e nome do CT:

“Estarei aqui até o ultimo dia e depois só quero sentar numa cadeira de balanço e assistir os treinos”, brincou.

“Eu não quero ser tachado como mecenas. Nem comparado ao Dr. Celso. O nome do CT vai caber ao presidente, à torcida. Se conseguirmos nomear as ruas no entorno, com nome de Oscar Cox e outros da história tricolor já seria fantástico. Não preciso ser reconhecido além do que qualquer tricolor seria”.

“Claro que é o estádio. Mas melhor a gente ficar calado sobre esse assunto (risos). Queremos ter um alçapão, mas esse não é o momento, está distante. Nossa história é muito longa, mas o intervalo com certeza tem que ser reduzido drasticamente, não pode ser de 100 em 100 anos para mudarmos nossa estrutura. Com certeza vou ver esse estádio pronto com o Fluminense jogando lá. E vencendo!”, vislumbrou.

Por Explosão Tricolor / Fonte: ESPN / Foto: Caio Blois / ESPN

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