Os diversos ângulos da eliminação do Fluminense e algumas conclusões sobre o futuro




O time foi muito mal contra o Botafogo (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)
O time foi muito mal contra o Botafogo (Foto: Mailson Santana / Fluminense FC)

A eliminação do Fluminense no Campeonato Carioca pode ser analisada por diversos ângulos, mas não pode ser aceita como se fosse algo normal. Independentemente dos bastidores da FERJ e da arbitragem, o Fluminense tinha a obrigação de estar na final do Estadual. A prioridade era a Primeira Liga? No discurso, pode ter sido, mas na prática, a prioridade tem que ser tudo que pintar pela frente. 

Fomos assaltados na final da Taça Guanabara e nesta semifinal. Mas isso não pode servir de desculpa. Contra o Botafogo, por exemplo, o Fluminense teve uma das suas piores atuações dos últimos tempos. Um time apático, sem vontade e covarde. E o que é pior: contra um adversário que só tem disposição e é seríssimo candidato a cair no próximo Campeonato Brasileiro (os próprios torcedores alvinegros dizem isso).

Agora, de acordo com as opiniões de alguns tricolores, os nossos operários que vinham numa excelente sequência de vitórias não prestam mais. Ok, alguns deles são limitados tecnicamente, mas é fato que todos estavam funcionando muito bem até a última quarta-feira, quando o Fluminense conquistou o título da Primeira Liga. Será mesmo que ninguém mais presta, que o clube tem que mandar todo mundo embora?

Outro ponto que merece ser debatido sem fanatismo ou irresponsabilidades é a presença do Fred em campo. Posso estar enganado, mas não estou conseguindo mais enxergar uma sintonia do time com o capitão. Não sei se é questão tática ou moral, mas é fato que o Fluminense sem o camisa 9 é um time muito mais envolvente, veloz e solidário. Pelo menos essa é a minha visão. As melhores atuações do time na temporada foram sem o Fred (Cruzeiro, Internacional e o segundo tempo da decisão contra o Atlético-PR).

O que mais dói nesta eliminação é o fato de perdermos a oportunidade de marcarmos presença no Maracanã durante dois finais de semana seguidos. Mesmo sabendo que a sacanagem contra o Fluminense seria praticamente certa, torcedor que é torcedor de verdade, gosta de curtir um Maraca lotado numa decisão. Tudo bem, bola pra frente e vida que segue. História de arquibancada nós já fizemos em grande estilo, na última quarta, quando mais de 15 mil tricolores pegaram a estrada para invadir Juiz de Fora. 

Sobre a diretoria, dois recados: continue lutando contra a FERJ. Perdemos na questão esportiva, mas continuamos no lado correto da história. Fechar qualquer parada com o Rubinho e a turma dele me envergonharia pela eternidade. O outro recado é o seguinte: precisamos de reforços. Um lateral para cada lado, dois meias de criação e um atacante de lado.  

Com relação ao futuro no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, tudo dependerá da montagem do elenco, mas de uma coisa eu já tenho certeza: não há um grande bicho papão no futebol brasileiro. O Corinthians, por exemplo, tem um time com uma qualidade técnica que não é das melhores, mas que é muito bem resolvido taticamente por causa do excelente trabalho do Tite. É um bom exemplo para o Fluminense seguir firme com o Levir Culpi. 

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

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