Para conter atos violentos, MPRJ entra com ação na justiça para uso de nova tecnologia nos estádios

28 de abril de 2017 Explosao Tricolor NOTÍCIAS

A fim de punir torcedores envolvidos em episódios violentos em estádios de futebol, o Ministério Público do Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública ontem (27) requerendo a instalação de sistemas biométricos nos estádios da cidade.

São réus no processo, ajuizado pelo promotor Rodrigo Terra, os quatro grandes clubes do Rio, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) e o consórcio responsável pela administração do Maracanã. O MPRJ requer que o sistema – que pode ser de impressões digitais, retina, íris ou palma da mão – seja instalado no prazo máximo de 90 dias, sob pena de multa de R$ 50 mil diários para cada um dos réus.

De acordo com a ação civil pública, os agentes do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE) deparam-se com frequência com torcedores que estavam suspensos dos estádios após envolvimento em atos de violência em jogos imediatamente anteriores. Na visão do órgão, isso transmite “a falsa ideia de que a violência não pode ser freada”.

A ideia é que o equipamento seja instalado próximo das catracas que recebem os ingressos. A identidade dos torcedores seria cruzada com dados do GEPE e do Portal de Segurança do Governo do Estado do Rio. Caso conste penalidade administrativa ou judicial contra o torcedor, ele será impedido pelos agentes de controle de inserir seu ingresso na catraca e entrar no estádio.

Baseado no artigo 19 do Estatuto do Torcedor, todo o custo de implementação do sistema fica a cargo dos responsáveis pelo evento. A ação também prevê multa de R$ 100 mil caso os clubes comercializem ingressos sem disponibilizar as medidas de segurança no local.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: Globoesporte.com / Foto: Divulgação