Parecia o time do Mano…




FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.

Parecia o time do Mano… (por Lindinor Larangeira)

Uma semana livre para treinamentos em um período massacrante de jogos consecutivos. Parecia ser a oportunidade de quebrar um incomodo tabu e subir na tabela. Mas o que se viu na noite de ontem, no Engenhão, foi mais uma atuação constrangedora do Fluminense. Até parecia o time pessimamente dirigido por Mano Menezes.

No primeiro tempo, uma partida que lembrou bastante aquele jogo vergonhoso contra o Atlético Mineiro pela Libertadores. O time não conseguia trocar três passes, passar do meio campo ou organizar qualquer jogada. Parecia que apenas um jogador havia entrado em campo: o goleiro Fábio, que evitou um placar mais elástico com, pelo menos, duas defesas milagrosas.

O placar mínimo ficou barato pela total inoperância, apatia e desorganização dos comandados de Renato Gaúcho, em minha opinião, o maior responsável pela derrota no clássico.

Faltou atitude ao time e leitura de jogo ao treinador. Será que ele não percebeu, a partir das escalação do adversário, com dois centroavantes e Matheus Martins deslocado para a direita, que o Botafogo forçaria o jogo por aquele setor? 

Renê teve pouco ou nenhum auxílio para combater dois, às vezes, três alvinegros. O gol, mais do que anunciado, só poderia sair por ali. Não por culpa do lateral, mas do treinador, que parecia não ver a facilidade com que o time da casa jogava pela nossa esquerda.

Parecia que quem descansou durante a semana tinha sido o Botafogo, que ganhou todas as divididas, duelos individuais e a segunda bola.

Massacre alvinegro e atuação constrangedora do tricolor. Com Canobbio perdido, conseguindo ser o pior dos piores em campo.

E não é que o uruguaio voltou para o segundo tempo? Mais um erro do treinador, que deve ter dado um esporro gigantesco no grupo, que, ao menos, mudou a atitude e passou a competir. O suficiente para igualar e até ser superior ao adversário em determinados momentos. Mas não o necessário para empatar ou até virar a partida.

Mesmo com o Botafogo recuando e apostando nos contra ataques, o Fluminense não teve força, organização ou criatividade para superar a defesa adversária.

Renato talvez não tenha percebido outra armadilha do seu xará, Renato Paiva, que colocou Gregore para marcar Arias. Aliás, o volante, que já tinha amarelo, deveria ter sido expulso no final do jogo, antes do segundo gol, por mais uma falta violenta, passível de cartão. 

Porém, não dá pra ficar reclamando das péssimas arbitragens, quando a diretoria, que viu mais um pênalti não ser marcado a favor do Fluminense se cala e consente com esse tipo de coisa bastante recorrente.

Talvez, a marca de oito partidas em que o Fluminense foi claramente prejudicado pela arbitragem no Brasileirão do ano passado seja superada nesta edição do torneio. Será que a atitude do presidente Mário Bittencourt será a de pedir “um amplo debate sobre arbitragem”?

Pior ainda é ver uma imprensa tendenciosa e alguns tricolores, querendo ser mais realistas do que o rei, brigarem com a imagem, afirmando que não houve a penalidade.

O certo é que, se mudaram a regra e não se marca mais pênalti em Arias, o craque colombiano deve, como muitos disseram “não trocar o gol pelo pênalti”.

Alguém me explicaria como não se troca um gol por um pênalti? Ou a inacreditável substituição: Martinelli por Paulo Baya? Ou por que nenhum jornalista perguntou o sentido dessa inusitada alteração ao treinador, durante a coletiva? 

Coletiva tão inútil quanto a semana livre de descanso e treinamentos do Fluminense de Renato Gaúcho. Ou seria de Mano Menezes?

PS1: Terça-feira não tem que poupar ninguém. Só depois de fazer o resultado. O único aceitável é uma goleada.

PS2: Já passou da hora de testar outro esquema. O exaurido 4-3-3, com um buraco enorme no meio campo, não dá mais.

PS3: Também já passou da hora de Canobbio ir para o banco.

PS4: Everaldo tem revelado total incompatibilidade com a bola. Contratação, até agora, injustificável.

PS5: Não responsabilizo Paulo Baya pelo segundo gol do Botafogo, mas quem o contratou e quem o colocou em campo.

PS6: Na coletiva, só concordei com Renato em dois pontos: o Botafogo foi superior na maior parte do jogo e no questionamento sobre gramado sintético. Além de ser um fator causador de lesões, só serve mesmo para transformar estádio de futebol em casa de espetáculo.

PS7: Será que o tema SAF voltará nesta semana?

PS8: Elegeram Ednaldo por unanimidade. Não conseguem formar uma Liga unitária. Não têm moral para reclamar de calendário ou arbitragens.

PS9: Sábado é contra o lanterna. Medo…

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