Perscrutando o Fluminense até dezembro de 2016




Estimados leitores. Começaremos o segundo turno do Brasileirão com 25 (vinte e cinco) pontos, a 09 (nove) pontos de distância do nosso rival Flamengo, 04º (quarto) colocado na competição, com 34 (trinta e quatro) pontos.

Melhor elucidando, estamos a uma distância de 03 (três) vitórias do rival, e com um jogo a menos, a ser disputado no caldeirão de Edson Passos, contra o Figueirense.

São 57 (cinquenta e sete) pontos a serem disputados no segundo turno.

Na era dos pontos corridos, fomos Campeões Brasileiros em 2010 e 2012, respectivamente, alcançando 71 (setenta e um) e 77 (setenta e sete) pontos, pelo que teríamos que ter um aproveitamento surreal para chegar ao título. Improvável.

Entrementes, em relação ao G-04, indene de dúvidas, creio que as vagas estão em aberto, sendo que arrisco dizer que, com 60 (sessenta) pontos, talvez até 58 (cinquenta e oito) pontos, será possível garantir vaga no G-4, como corolário do surpreendente nivelamento dos times nessa edição de 2016.

Três vitórias consecutivas e um empate, aproxima-se do G-4. Três derrotas seguidas e um empate, o Z-4 bate as portas.   

Ficamos até certo ponto frustrados com o empate diante do Internacional na rodada passada por tudo o que aconteceu? Sem dúvidas. Mas fato é que, mesmo com as nossas deficiências, percebemos que o time evoluiu consideravelmente desde a chegada dos verdadeiros reforços, em especial, do Wellington e do Ceifador que vêm jogando.

A entrada do Marquinhos e do Danilinho no segundo tempo, mesmo não estando eles na melhor forma, já nos conferiu amostras de que saltamos de qualidade. Passamos mais uma semana exclusivamente com treinamentos. E a tendência é o Fluminense fazer uma partida ainda melhor diante do América Mineiro. Estamos ganhando consistência com a linha de frente formada com Gustavo Scarpa, Marcos Junior, Cícero, Wellington e Ceifador.

Precisamos melhorar a postura tática do W. Matheus e do Douglas que, ao meu sentir, falham em momentos cruciais da partida, embora nem sempre resulte em gol do adversário. Contra o Internacional isso ficou evidente. Dá para melhorar, embora particularmente entenda que a melhor opção seria escalar o Edson no lugar do Douglas, o Jonathan da lateral direita e o W. Silva na lateral esquerda, no lugar do W. Matheus.

Penso que o time ficaria mais equilibrado, com probabilidade de errar menos, por causa da nossa linha de frente que tem muitas qualidades, sem contar que Marquinho, Danilinho e Claudio Aquino, correm por fora.

Dessarte, estou otimista com o nosso time para a disputa do segundo turno do Brasileirão, que será uma competição completamente diferente do primeiro turno, ao menos para nós, posto que passamos a ter o fator casa e torcida, mesmo frente a esdrúxula venda de mando de campo contra Palmeiras e Flamengo. Eu faria um distrato contratual com a empresa do ex-jogador Roni, pois jogar contra esses times em Edson Passos não tem preço.   

E a Copa do Brasil? Pessoal, competição de mata-mata tudo pode acontecer. Meses atrás conquistamos, de forma improvável, a Primeira Liga. Devemos pensar, ao meu ver, jogo a jogo e ver o que dá.

Confronto contra o Corinthians: Levir x Cristóvão Borges. Se não houver interferência da arbitragem no jogo de ida, como aconteceu vergonhosamente contra o Palmeiras no ano passado, creio na classificação.

Por derradeiro, e os “aspectos políticos” das eleições; poderão interferir em alguma coisa? Ao meu ver, dependerá da nossa posição na Tabela de Classificação do Campeonato Brasileiro. Se o time estiver no G-4 ou brigando por ele de forma factível, creio que não, pois o ambiente de vestiário e extracampo são bons. Antes estávamos perdendo porque o time estava enfraquecido mesmo, sem opções de meio e ataque.

Agora o momento é outro, e os jogadores que chegaram estão bem focados no Fluminense e em jogar futebol, o que é bom.

A sorte está lançada: vamos que vamos!

Rápida Triangulação:

– Laranjeiras sem “visitação” da Tocha Olímpica, sem reconhecimento do próprio comitê olímpico internacional, da CBF, da mídia de um modo geral, sobre o valor da instituição Fluminense enquanto grande clube que é, ainda mais por ser o único Clube de Futebol a notar a honraria da Taça Olímpica. O que fez o nosso marketing a respeito? A diretoria? Perplexidade, desolação, estarrecimento. Esse é o meu sentimento.

– Eleições presidenciais no Fluminense. Para os que ainda não me conhecem ou estão vindo a prestigiar a minha coluna pela primeira vez, caso seja do interesse, recomendo a leitura da minha primeira coluna disponível aqui no site. A finalidade é a de mostrar como penso o Fluminense extracampo, como também evitar pré-julgamentos ao meu respeito e ao que penso. Sinceramente, não sou da situação, tampouco da oposição. Politicamente estou desanimado de um modo geral, pois quatro pontos que entendo como cruciais não foram objeto de apresentação de propostas contundentes a respeito, que viessem a me convencer de que as coisas vão mudar radicalmente para melhor, no Futebol:

1 – elevação do programa sócio torcedor, com projetos eficazes para, no mínimo, atingir o dobro e meio do quantitativo atual, que beira os 33 (trinta e três) mil sócios. Sem ele, não chegaremos a lugar algum, pois patrocínio master igual aos tempos de Unimed não aparecerá mais não;

2 – Laranjeiras tem jogo sim. Para quem quiser se inteirar sobre o assunto, escrevi uma coluna sobre “o mito do tombamento das laranjeiras”. Se querem ou não reativar a nossa casa, são outros quinhentos. O que não podemos é: ficar sem casa e cair na burrada de “gerir o Maracanã em conjunto com o Flamengo”, ainda mais com a SUDERJ aí para nos sugar ainda mais, frente à falência do Estado do Rio de Janeiro economicamente. Sem contar que ainda podem inventar um Pan Americano e fechar o estádio de novo daqui a três ou quatro anos;

3 – não permitir em hipótese alguma que se venda parte da sede para construção de um shopping center ou algo do gênero, ou ainda, ampliação das quadras de tênis ou de estacionamento na área do campo, quando o CT ficar concluído, com transpasse de todo o Futebol para a Barra. Se desfazer de parte do patrimônio cuja propriedade é 100% do Fluminense é caminhar a passos largos para o apequenamento definitivo. Muita calma nessa hora! Botafogo e América servem de exemplos recentes sobre desfazimento de patrimônio e suas consequências;

4 – Preocupação concreta e efetiva com o Futebol do Fluminense: proposta de critérios para contratação de jogadores x venda de atletas da base. Desde 2013, em ampla maioria, contratamos um elevado número de barangas para o elenco, sem qualquer critério ou justificativa plausível. Jogadores que ninguém ouviu falar, encostados em clubes e, mais grave ainda, por nós emprestados e dispensados por clubes pequenos, porque para eles não serviram! O novo presidente, seja ele quem for, tem que ter peito para colocar os empresários que circundam Laranjeiras no seu devido lugar, e optar por colocar atletas da base quando comprovadamente melhores do que os atletas periodicamente oferecidos e de nível técnico duvidoso. Carinho e atenção total com o carro chefe que é o nosso Futebol.  

– Aos estimados leitores que sempre me prestigiam aqui na coluna, bem como aos que estão chegando pela primeira vez e que são pais que nem eu, desejo-lhes um feliz dia dos pais, repleto de muita harmonia, felicidades e festividade com a família, passando aos tricolores infantes e adolescentes o valor do nosso amado clube, bem como sua importância em nossas vidas, ao longo de nossa vida até hoje, deixando bem claro que, seja dirigente, seja jogador, ninguém está acima do Fluminense. E aos que não são pais, desejo-lhes um ótimo domingo, começando com uma bela vitória do nosso time, já pela manhã de domingo.

Marcos Túlio / Explosão Tricolor 

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