PM de São Paulo nega omissão de socorro em caso de morte do torcedor do Flu




atendimento

Flávio Mendes, torcedor do Fluminense de 51 anos, veio a óbito após passar mal no jogo contra o Palmeiras, na quarta-feira, no Allianz Parque, em partida válida pela Copa do Brasil. Pessoas ligadas ao falecido informaram que o atendimento da PM foi demorado, o que teria sido prejudicial aos cuidados do fã tricolor.

A entidade diz que ocorreram empecilhos na hora de retirar o torcedor do estádio.

“A patrulha reportou ao comandante do policiamento as dificuldades encontradas pela equipe de socorro em posicionar corretamente o paciente na maca em razão do pequeno espaço existente na arquibancada, devido à presença de cadeiras”, avisou a polícia.

“De imediato, foi contatado o oficial que se encontrava no Centro de Controle Operacional do estádio, local este que permite o rápido acionamento dos diversos órgãos envolvidos na organização e realização do evento, para que informasse o ocorrido ao responsável pela equipe de socorristas. Foi realizado o despacho de equipe para a prestação de socorro ao indivíduo que passava mal”, analisou a Polícia Militar.

O órgão acrescenta que o socorro chegou rapidamente.

“Neste interim, a patrulha de policiais militares que estavam no local tomou as providências de suporte para o trabalho dos socorristas, tais como, afastamento de pessoas para manter um ambiente mais arejado, isolamento do local crítico, acalento da vítima e liberação do acesso para a chegada dos responsáveis pelo socorro especializado. A equipe de socorro não tardou a chegar ao local”, continuou a PM.

“A equipe de socorro conseguiu retirar o indivíduo e o conduziu ao posto médico. Na sequência, a Polícia Militar foi informada de que o socorrido fora removido ao hospital. Todos os procedimentos afetos à Polícia Militar foram tomados para o adequado atendimento ao indivíduo que passou mal no estádio”, acrescentaram os policiais.

Daniel da Anunciação, 36 anos, acusou Polícia Militar e os funcionários do estádio de omissão no atendimento ao torcedor do Flu.

“Ele começou a passar mal logo no final da disputa de pênaltis. Quando percebemos, ele já estava sentado, de cabeça baixa, e foi aí que começou o desespero. Nesse momento, a PM já barrava a saída dos torcedores. Então começamos a pedir ajuda. Fizeram respiração boca a boca e massagem cardíaca, e a polícia não se movimentava. Pior que isso, ironizavam a situação, dizendo que não eram médicos e que era para nós ficarmos quietos”, relatou o torcedor.

“Com muito custo apareceram os bombeiros civis, mas que não faziam ideia de como proceder e nem sequer tinham uma maca em mãos. Foi então que acharam um médico no meio da torcida do Fluminense, que prestou socorro. Houve omissão, principalmente por parte da PM e dos funcionários, que nem se mexiam”, completou.

O Palmeiras, por sua vez, alega que prestou atendimento imediato, tendo levado Flávio ao ambulatório do estádio, onde foi submetido a um eletrocardiograma, que não detectou parada cardiorrespiratória.

Mendes foi encaminhado à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e morreu na tarde desta quinta-feira.

Na fase de planejamento para as partidas, os órgãos e pessoas envolvidas na organização se reúnem para discutir as ações e traçarem os planos aptos a garantirem que o espetáculo ocorra dentro dos melhores padrões de segurança e atendimento ao torcedor.

“Há protocolos definidos pela empresa prestadora deste serviço, cabendo à Polícia Militar o acionamento e apoio naquilo que couber”, diz a PM.

“O Allianz Parque é um estádio novo, concebido conforme os conceitos mais modernos para o recebimento de pessoas e com estrutura apta e homologada pelas autoridades competentes para a realização dos eventos. Há, naquele local, equipes e estruturas especificamente destinadas ao atendimento de ocorrências relacionadas ao atendimento médico emergencial a qualquer pessoa que se encontre no interior do estádio”, finalizou a entidade militar.

Por Explosão Tricolor / Fonte: ESPN / Foto: Divulgação

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