Por onde anda o futebol do Fluminense?




FOTO DE LUCAS MERÇON / FLUMINENSE FC

Por onde anda o futebol do Fluminense? (por Lindinor Larangeira)

Atualmente, não sei o que é mais constrangedor: as atuações do Fluminense, as coletivas de Diniz, ou a omissão da diretoria?

O jogo de terça-feira à noite foi apenas mais um episódio de uma longa série de terror: a temporada de 2024 do Fluminense. O placar mínimo não refletiu a realidade da partida. Não fossem os milagres de Fábio e a noite pouco inspirada do artilheiro alvinegro, Junior Santos, o resultado poderia ter sido uma estrondosa goleada.

Um time que não evolui, nos aspectos tático, técnico, físico, psicológico e anímico. O diagnóstico de qualquer analista isento, finalmente foi percebido pelo próprio treinador, em um dos momentos de lucidez, na coletiva pós-jogo. Reconhecer a superioridade do adversário durante quase toda a partida e que o time precisa melhorar, também foram outros momentos de conexão com a realidade. Mas o que Diniz não consegue explicar é como esse time vai melhorar, se não apresenta variações ou alternativas a um esquema de jogo que, neste ano não funcionou.

Opções para fazer o time evoluir ele tem. Apenas insistir em dizer que “o grupo trabalha muito”, pouco adianta. Quando o trabalho não se transforma em melhoria, algo precisa ser mudado. Seja em filosofia de trabalho, modelo de jogo, ou mesmo na escalação de outros jogadores.

Muito se tem dito que “os adversários já sabem como anular o modelo de jogo do Fluminense”. A questão é que o time de 2024 não tem segurança na saída de bola, base do esquema. Perdeu a velocidade na transição ofensiva e na recomposição defensiva. Dá muitos espaços aos adversários, pois a compactação das linhas parece apenas uma lembrança do ano passado. Como também aquele jogo de toques rápidos, buscando a linha de fundo.

O time é tão previsível que até adversários fracos, como Alianza Lima e Juventude, conseguem complicar.

Ousaria dizer que, nem com Roger Machado o time jogou tão mal. E a mesma diretoria que fez um contrato de dois anos com Roger, que não completou nem o primeiro, prorrogou por mais um ano e meio o contrato de Fernando Diniz.

Em qualquer organização minimante séria, dirigentes que tomassem a decisão de premiar empregados com performance ruim seriam submetidos a um rígido sistema de consequências. Aliás, volto a perguntar: o que fazem Angioni, Fred e o tal “scout” (se é que existe)?

Diretoria que se omite no dia a dia e só mostra a cara em momentos festivos. É óbvio que o planejamento foi ruim. Corrijam a rota, então. A comissão técnica deve ser cobrada e contratações devem ser feitas.

Obrigado, senhores, pelo glorioso ano de 2023. Mas como “o mundo gira e a Lusitana roda”, estamos em 2024. Ainda é tempo de evitar que tenhamos um ano de fracassos e humilhações.

PS1: Os passadores de pano, certamente voltarão ao discurso de que “é culpa da torcida”, com a muito provável imagem de um Maracanã às moscas, no próximo jogo do time.

PS2: JK não é ponta, Lima não é segundo volante e Marcelo não pode e não deve jogar na lateral.

PS3: Diretoria, corrija a bobagem feita e traga João Neto de volta do CRB.

PS4: Feliz Dia dos Namorados!