Portal revela relação tumultuada entre Marcelo e Fluminense






Lateral-esquerdo teria uma relação tumultuada com jogadores, comissão técnica e diretoria 

Segundo informações do portal “Superesportes“, a relação entre o lateral-esquerdo Marcelo e o Fluminense não é das melhores. Internamente, o defensor ainda não fala a mesma língua que jogadores e funcionários do clube das Laranjeiras.

Se em campo a liderança técnica se impõe, do CT Carlos Castilho às Laranjeiras, somam-se insatisfações com o jeito introspectivo de Marcelo. Não há, entretanto, um problema explícito de relacionamento individual com algum atleta, funcionário ou integrante da diretoria.

Entre os jogadores mais importantes do Fluminense, apenas o volante Alexsander é mais próximo do lateral-esquerdo. O jogador costuma passar mais tempo com jovens de Xerém, principalmente os menos utilizados pelo técnico Fernando Diniz, do que com o restante do elenco e seus principais jogadores.

O lateral-esquerdo, que marcou um golaço na decisão do Campeonato Carioca, não foi às comemorações do título com o elenco e os empregados do Fluminense. Tampouco esteve presente em outras confraternizações dos atletas, que são muito unidos, seja no próprio CT ou fora do trabalho.

Descrito como um “cara na dele” pelas 16 pessoas ouvidas pela reportagem do Superesportes, Marcelo começou bem, mas acumulou ausências, lesões e reclamações fora de campo quando a fase piorou.

Desde que os resultados pararam de chegar, a pressão externa aumentou e a interna também. Assim, o lateral-esquerdo passou a viver relação tumultuada com elenco e funcionários.



Até aqui, ele ainda não se integrou completamente à “família Fluminense”, um ambiente de elenco e funcionários que é elogiado até por rivais.

Com um “estafe próprio” no CT, o jogador chega todos os dias para treinar acompanhado de um segurança particular, pedido que fez ao clube ao voltar a morar no Rio de Janeiro.

Quando encerra os seus treinamentos, é tratado por um fisioterapeuta individual, que veio da Espanha com o jogador e também foi autorizado pela diretoria a utilizar as instalações do clube.

Embora tenha recusado pedidos similares no passado, o Tricolor concordou em ceder aos pedidos do camisa 12 pelo diálogo aberto com a diretoria e o peso que ele possui no futebol. A relação, entretanto, causa olhares tortos e ciúmes no clube.

No Fluminense, Marcelo teria um esquema de treinamentos e jogos específico, assim como Paulo Henrique Ganso e Felipe Melo. Todos os departamentos estavam cientes de que, em função do tempo que passou fora do país e também de sua idade, um período de adaptação seria necessário.

Assim que chegou, entretanto, bem fisicamente e motivado, o lateral fez bons jogos, foi decisivo na final do Campeonato Carioca e deu esperanças. Depois, passou a conviver com dores. Treinando muito mais no Brasil do que no restante de sua carreira, bem como com mais jogos no calendário, ele precisou ser preservado.

Internamente, por tudo o que envolve o dia a dia, Marcelo é visto com um comportamento de “estrela”. Ele fica a par dos principais jogadores e da maior parte do elenco, sendo próximo apenas de jogadores que acabaram de subir de Xerém, encantados com o ídolo.



Depois que Marcelo sentiu dores na panturrilha, o Fluminense criou um cronograma para tê-lo no Fla-Flu decisivo pela Copa do Brasil. O lateral-esquerdo conseguiu cumprir uma parte significativa do caminho, mas as dores lhe tiraram do jogo.

No dia anterior ao clássico, ele não treinou com o grupo, mas foi ao campo com atletas que faziam transição física. Essa situação, porém, incomodou alguns funcionários.

Marcelo costuma pedir aos fotógrafos que lhe mandem imagens do treino para compartilhar em suas redes sociais. Naquele dia, no entanto, havia expectativa: se treinasse, o lateral jogaria o Fla-Flu. Mesmo depois de se reunir com Fernando Diniz e deixar claro que não suportava as dores na panturrilha, e portanto, não teria condições de jogo, ele requisitou as imagens.

O departamento de futebol negou os envios naquele momento para não gerar interpretações equivocadas, contrariando o jogador. No dia seguinte, Marcelo não jogou. Ao ler nas redes sociais que teria “pipocado”, o lateral-esquerdo cobrou profissionais do departamento médico e do futebol.

No início de maio, uma reunião entre o departamento médico e a comissão técnica foi realizada para definir alguns pontos de planejamento. Àquela altura, o Fluminense tinha os mesmos 9 pontos na Libertadores após golear o River Plate por 5 a 1 e vivia grande momento. Seguindo os seus métodos, o técnico Fernando Diniz decidiu poupar jogadores o mínimo possível. O comandante e o elenco costumam seguir o lema “Sem sacrifício não há vitória“.



Marcelo, então, entrou em campo na vitória por 2 a 0 sobre o Cuiabá, quando teve atuação discreta. No jogo seguinte, um empate sem gols com o Flamengo pela Copa do Brasil, o lateral-esquerdo foi substituído ainda no primeiro tempo.

As dores que já o incomodavam por algumas semanas retornaram e aumentaram. Frustrado, o jogador chegou a tecer críticas a funcionários do departamento médico e se queixou ao diretor Paulo Angioni, o que foi apaziguado internamente no CT Carlos Castilho.

Procurados pela reportagem, Fluminense e Marcelo não se pronunciaram.

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Por Explosão Tricolor

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