Pra não falar que não falei de Dodi




Foto: Lucas Merçon / Fluminense F.C.



Renova ou não renova? Tem torcedor que é a favor da renovação, tem outros que perderam a paciência e já dão como descartada a permanência… De qualquer forma, a novela da renovação do volante tem dado o que falar. Titular absoluto do time de Odair Hellmann, Dodi segue bem dentro de campo enquanto o seu futuro é decidido fora dele.

Na Seleção da Bola de Prata, o jogador, de 24 anos, tem sido um dos mais regulares da equipe ao lado de Luccas Claro e é uma pedra de equilíbrio no nosso meio de campo. E, se no Brasil existisse o prêmio de “Jogador que mais se desenvolveu na temporada” como existe na NBA, Dodi estaria na briga também.

Me lembro quando o Fluminense acertou com ele no início de 2019. Eu não esperava muita coisa pelo que já tinha visto em 2018, ou pelo que não tinha visto. Na maior parte de 2019, também não teve nada para ver. Como era burocrático esse Dodi! “Toco y no me voy” e “Recibo e no me voy”. Esses eram os lemas do jogador na época.

“Dodi chegou ao Fluminense em abril de 2018 como opção para o meio de campo e não chegou a se firmar como titular. Atuou em 18 partidas, 11 desde o início e seis delas em campo nos 90 minutos.”

Assim noticiou o Ge o acerto em definitivo do Tricolor com Dodi no dia 12 de janeiro do ano passado. Agora, a realidade é outra em todos os sentidos. Dodi é o principal responsável pela transição do Fluminense carregando a bola pelo setor central como tinha o horror de fazer em 2018.

Considero a contraproposta alta, mas apenas financeiramente. A diretoria do Fluminense também parece pensar assim, já que aumentar para quatro anos o tempo de contrato não deve ser um problema pelo que vem sendo noticiado. 

Apesar de ser contra oferecer R$ 270 mil mensais, entendo o argumento principal que valida essa pedida: o elenco do Fluminense têm muitos jogadores com um custo-benefício nota zero ou quase isso — ia escrever o barulho que faz um ganso, mas não faço ideia de qual seja — e Dodi tem jogado mais que eles. 

Mesmo assim, não acho que devemos fazer loucuras. Acho que R$ 200 mil poderia ser o teto. Acima disso, vale mais a pena trabalhar o garoto Calegari como um possível substituto ou tentar armar o time com o André, que não é tão móvel, mas parece ser bola segundo os que acompanham o menino desde a base.

Curtinhas

 – Desfalcado ou não, o Palmeiras não é o mesmo que enfrentamos naquela chata partida do 1º turno. Olho aberto, Tricolor! 

 – Espero que o tempo que passou fora se recuperando fora tenha deixado o Nenê com fome de gols. Já está na hora de voltar a marcar.

– Hoje, eu sou a favor da renovação de Odair para 2021.

– Concordo com a diretoria de que a prioridade deva ser acertar suas dívidas com os jogadores invés de contratar. Mas não acredito que nosso elenco seja o suficiente para ir além.

– Nem Nenê nem Ganso são o armador que precisamos.

Saudações Tricolores, galera!

Carlos Vinícius Magalhães