Pra que Renê?




Renê (Divulgação)

Pra que Renê? (por Lindinor Larangeira)

Depois de repatriar o moleque de Xerém Marcelo Pitaluga para o gol, o Fluminense fechou neste domingo, 5 de janeiro, a quinta contratação da temporada. Talvez a mais questionável até o momento. Mesmo sendo um lateral um pouco melhor do que o péssimo Diogo Barbosa, não ouso usar a palavra reforço para qualificar Renê, que fechou o ano como reserva no Internacional e não teve o contrato renovado com o colorado.

A lógica dessa transação é a de que “o jogador veio de graça”. O critério é o mesmo das contratações de Douglas Costa, Gabriel Pires e Renato Augusto. Os dois primeiros, felizmente já deixaram de onerar a folha de pagamento do clube. O último, até porque não arranjou nenhum time interessado, vai continuar capitaneando o “come e dorme” das Laranjeiras.

Renê de graça? Como assim? São dois anos de contrato com um atleta de 32 anos, que joga em uma posição de enorme exigência física. Aliás, qual vai ser o salário de Renê? A imprensa, que divulgou a informação de que “o jogador é um pedido do treinador Mano Menezes”, poderia fornecer os valores dessa transação.

É óbvio que avalio essa contratação como um erro e espero que, consumado o equívoco, o jogador venha apenas para compor elenco.

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Mas se é somente para isso, seria melhor apostar na garotada da base. Testar os moleques Esquerdinha, Rafael Monteiro e Léo Jance, que foi um dos destaques da estreia na Copinha, chegando a linha de fundo mais vezes em um jogo, do que o Diogo Barbosa em um ano inteiro.

Pelo que jogou nas duas últimas partidas da temporada, Gabriel Fuentes deve ser o titular. Pelo menos, é o que recomenda o bom senso.

Sobre Renê, os números de 2024 não dão nada animadores. Em 36 jogos, 1 gol e uma assistência. Sendo que, nas 15 partidas em que atuou no Brasileirão, 0 gol e 0 assistência.

Como jornalista, espero estar errado e escrever uma coluna no final do ano falando da boa temporada do jogador. Como torcedor, certamente torcerei para que isso aconteça. Porém, o mais lógico é que esse futuro texto tenha como personagem Gabriel Fuentes.

Diretoria e treinador: pra que Renê? Expliquem. Não para mim, mas para a torcida.

PS1: Ainda bem que Rony é um jogador de altíssimo salário. Espero que, como na exótica contratação de William Bigode, o Fluminense não alivie a folha do Palmeiras.

PS2: Falando sobre o bigodudo, quanto é a dívida do clube com o jogador e quando acaba?

PS3: Para formar um elenco competitivo, ainda faltam um primeiro-volante, um centroavante clássico, um ou dois meias e um ponteiro.