Presidente faz um balanço dos seis anos de sua gestão




Prestes a deixar o cargo de presidente do Fluminense, Peter Siemsen fez um balanço dos seus seis anos de gestão. Segundo o mandatário tricolor, o grande desafio foi o de equacionar dívidas e, principalmente, reconstruir Xerém, que estava em estado lastimável. O tratamento do poder público com o Fluminense também foi criticado pelo presidente.

– É um enorme orgulho ter sido presidente do Fluminense. Enfrentamos desafios gigantescos. Disputávamos entre os times mais endividados do Brasil. O clube era considerado o patinho feio em estrutura. Me lembro bem das declarações públicas do Muricy [Ramalho]. Críticas que eu também tinha. Quando estava concorrendo pela primeira vez, era proibido pela então gestão de entrar em Xerém. Quando assumi primeira coisa que fiz foi pagar os atrasados e equacionar dívidas porque já estava com todas as cotas de TV adiantadas. Passei algum tempo resolvendo crise financeira grande. Só depois disso consegui ir a Xerém, já avisado do que estava lá, e me assustei muito. A falta de cuidado que tinham com os meninos. Era muito grave. Fizemos investimento imediato e depois modernizamos a estrutura e gestão. Depois entramos no ritmo de trabalho e fomos muito maltratados pela Procuradoria. Achei muito injusto tudo aquilo com um clube que vinha num processo de mudança. Foi inaceitável. Até hoje gostaria de entender por que o poder público trata um bem e outro não. É algo que o Brasil se questiona – disse Peter.

Peter Siemsen também falou sobre os marcos da sua gestão:

– Não consigo destacar um (marco). Tudo foi feito com muita paixão e empenho. Erros e acertos sempre vão acontecer, faz parte da vida. Ainda mais em um clube que tem a vida política tão agitada. Clube ainda pode evoluir muito em gestão corporativa. Mudanças de estatuto. Tem um potencial de mudança e organização. Infelizmente pegamos ele muito destruído e precisamos ser muito criativos, abraçar a oportunidade quando aparecia. Superamos grandes obstáculos. É hora de reorganizar a casa para que tudo seja mais tranquilo daqui para frente do que foi na minha gestão. Foram anos sem Maracanã. Pensem nisso. Você senta para presidir um clube como o Fluminense e dos seis anos, quatro praticamente sem o Maracanã. Teve que arrumar estádio para jogar esse ano e o América foi um parceiraço. Foram tantas dificuldades, que saímos desse período de seis anos com muito orgulho e satisfação – analisou Peter Siemsen.

Por Explosão Tricolor / Fonte: UOL Esportes / Foto: Divulgação / FFC

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