Prestigiado…




Fernando Diniz (FOTO: MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE F.C.)



Prestigiado (por Vinicius Toledo)

Antigamente, quando um time de futebol estava em crise, a rádio divulgava: “A diretoria varou a noite para analisar o trabalho do técnico e decidiu que o fulano segue prestigiado e conta com total apoio interno”. Era uma tentativa de esfriar os ânimos da arquibancada e dar uma freada na opinião pública. Logo depois, o técnico não durava mais de três, quatro jogos. Os tempos mudaram, a comunicação também, mas o modus operandi segue o mesmo.

No caso do atual Fluminense, a notícia é a de que o Fernando Diniz tem a confiança do presidente Mário Bittencourt e total apoio do elenco na busca por soluções. Pois é, a palavra “prestigiado” tantas vezes utilizada nos anos 80, 90 e até no início desse século foi substituída por matérias muito bem elaboradas e rica em detalhes.

Obviamente, nenhum jornalista participou da reunião da cúpula do futebol tricolor com o Fernando Diniz, ou seja, as matérias só repassaram um “posicionamento” de momento do Fluminense. Apenas isso.

Sem enrolação, a situação do Fluminense é muito crítica, mas isso não significa “game over”. Ainda tem jogo, na verdade, 29 jogos. Com três vitórias seguidas, o Fluminense já dá uma levantada. Porém, os próximos dois jogos serão contra o Cruzeiro, no Mineirão, e Flamengo, no Maracanã.

Sendo bem direto, se o Fernando Diniz ainda está realmente “prestigiado”, o time jogará a vida nesses dois jogos. O problema é imaginar esse “bando”, sim, o atual campeão da América se transformou num bando mesmo, dar a vida dentro de campo ou será que ainda tem torcedor que não enxergou que alguns jogadores estão morcegando dentro de campo? O pedido de substituição feito pelo Ganso no clássico contra o Botafogo e a entrevista do Samuel Xavier após a derrota para o Atlético-GO são sinais escancarados de que a coisa não anda nada boa nos bastidores.

É isso. Agora é aguardar a bola rolar. Se esse elenco jogar só 70% do que pode, o Fluminense sai dessa situação num estalar de dedos. O problema é saber se eles querem, ou melhor, se “lutarão até o fim” para manter o Fernando Diniz.

Forte abraço e ST