Primeiro passo para a Glória Eterna!

Tricolores de toda terra, e aí, devidamente recuperados da boa ressaca de terça? É amigos,  o “Gravatinha” e o “João de Deus” estiveram em alerta a todo momento neste jogo. De fato, foi um jogo para muito além das escolhas táticas dos times, ou do desempenho técnico e físico dos jogadores, reunindo uma série de acontecimentos que beiraram o sobrenatural, típico das batalhas épicas da copa Libertadores. Além disso, o seu roteiro dramático deixaria muitos dramaturgos boquiabertos.

Finda a introdução, o início de jogo foi muito difícil, com um Millonarios jogando como o esperado, no esquema 4-2-3-1, com suas linhas altas, não dando espaço ao Fluminense que surpreendentemente entrou no esquema 4-1-4-1. Chamou-me a atenção que mesmo com seu time defendendo, o Millonarios sempre tinha 3 jogadores avançados à frente da linha do meio campo, o que impedia o avanço da primeira linha do Flu. E justamente em uma bola perdida pelo ataque do Flu, o goleiro Monteiro lançou a bola nesses três homens de frente que com o reforço do Sosa entraram no mano a mano com 4 defensores do Flu, e aos 6 minutos abriram o placar. Destaco a lenta recomposição nossa, que permitiu que os “Millos” tivessem o mesmo número de atacantes do que tínhamos de defensores, um erro grave!

Com um gol à frente, os “Millos” passaram a exercer uma marcação ainda mais alta e intensa, dificultando a nossa saída de bola. Foi quando veio a expulsão do Sosa aos 19 minutos. Daí em diante a história da partida mudou. Foi possível perceber que os “Millos” tiveram um baque geral, não só taticamente, como psicologicamente. O time desconcentrou e passou a ser pressionado pelo Fluminense. E para piorar ainda mais as coisas para o lado do adversário, Fred se contundiu e abriu espaço para a entrada de um dos maiores carrascos do Millonarios, Germán Cano.

Com a entrada do Cano, o Flu passou a ter mais mobilidade na linha ofensiva, com o jogador flutuando à frente da defesa do adversário, se apresentando para o jogo e dando sempre opção. Daí em diante o Flu começou a chegar mais, até que aos 43 saiu o gol do David Braz. Logo depois, aos 46, Cris Silva quase faz o segundo, terminando o primeiro tempo.

Findo o primeiro tempo amigos, o Flu havia vencido às dificuldades da primeira etapa e suportado até muito bem a altitude. Já no segundo tempo com a entrada de Jhon Arias, o que se viu foi um Flu com a bola, propondo o jogo e chegando com perigo, tanto é que logo aos um minuto o goleiro Monteiro salvou um chute do Luiz Henrique e logo depois aos 2 minutos Cris entra livre e chuta cruzado para fora.

Quando tudo corria bem para o Flu, mais uma vez o pior acontece, e logo no início, com o infantil pênalti feito pelo Yago, que diga-se de passagem teve uma atuação desastrosa. Em meio à grande chance dos “Millos”, Fábio brilha e pega o pênalti. Ali estava justificada a escalação do Abel. Quem me acompanha amigos, sabe que fui contra a saída do Marcos Felipe, mas hoje os motivos são compreensíveis, e digo mais, o “Abelão” acertou na mosca, pois teve a visão “macro” do jogo. Amigos, não sei se repararam um detalhe, mas no momento do pênalti, o Fábio espera o jogador adversário bater para depois definir, o que falta ao Marcos Felipe.

A perda do pênalti claramente foi o golpe de misericórdia nos “Millos” que começaram a dar muito espaços ao Flu, deixando inclusive um grande buraco em sua primeira linha defensiva, e em todas as vezes que o Flu chegou foi com passes de infiltração entre essa linha. E foi justamente com um passe do Martinelli que acabara de entrar que Luiz Henrique entrou na cara do gol e rolou para Cano marcar o segundo gol e aumentar seu escore contra o Millonarios, fechando assim o “caixão”. Cano ainda teve mais duas chances e desperdiçou.

A estreia vitoriosa sem dúvidas foi muito importante para o Flu , mas algumas considerações precisamos fazer para que sempre estejamos a buscar a evolução do time. A entrada por exemplo com o esquema 4-1-4-1, embora ousada, foi conservadora. Abel sabe que o esquema de 3 zagueiros da maior agressividade ao seu time, mas também oferece os corredores aos adversários, e o nosso treinador com certeza já havia recebido informações do quão perigoso são os extremos do Millonarios, com destaque ao Daniel Ruiz e ao Macalister Silva. Além disso, a entrada com Calegari também levou em conta esta força que os “Millos” tem pelos corredores. Notem que Abel sacou o Cris no segundo tempo para colocar o Pineida porque percebeu que o adversário jogava o tempo todo no lado do jogador, e ele estava mal, dando espaços, e precisava de um jogador que ficasse mais.

Além disso, podemos destacar positivamente mais uma vez Jhon Arias que entrou muito bem no jogo, Germán Cano, Ganso, e Martinelli que além do passe para gol, foi muito bem na linha de quatro do meio campo, sendo um meio-campista mais avançado.

Como pontos negativos destacaria à péssima atuação do Yago Felipe, Bigode e Fred. O Fred inclusive no período que esteve em campo perdeu 4 disputas individuais, fora presa fácil aos adversários.

E mais uma vez clamo ao técnico Abel Braga, coloque o Arias no lugar do Willian meu amigo Abelão, me ajuda a te ajudar! Infelizmente precisou o Fred se machucar para sair do time.

Abel, porque sofrer para depois tentar amenizar o sofrimento, se podemos não sofrer? A verdade é que com Fred e Bigode em campo, sobrecarregamos principalmente o sistema defensivo, pois ambos não possuem a condição de recompor defensivamente como Jhon Arias e Cano, além de não termos o mesmo vigor e eficiência ofensiva.

Ressalto também a importância de mantermos a mesma seriedade e concentração para o jogo de terça, pois o Millonarios já mostrou que é um time que tem muita organização, intensidade e alguns valores individuais importantes, e se sai na frente do placar, pode montar um “ferrolho” defensivo e complicar nossa situação, sobretudo porque temos dificuldades de criar oportunidades de gol.

Enfim amigos, terça feira é dia de lotarmos São Januário e apoiar o Fluzão, e que todas as entidades sobrenaturais tricolores estejam de prontidão novamente.

Saudações Tricolores!

Leandro Quintella

Por Explosão Tricolor

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