Problema na zaga, chegada de um meia, jogo contra o Vitória e muito mais: confira a entrevista completa de Abel Braga

Antes do início do treinamento desta sexta-feira (04), o técnico Abel Braga concedeu entrevista no CT Pedro Antônio. Confira a íntegra da coletiva: 

Jogo contra o Vitória 

Abel Braga: Muito difícil. O Vitória dentro de casa é muito complicado. Tem feito também bons resultados fora. Está com uma equipe jogando de uma maneira diferente da do ano passado, muito rápida, no contra-ataque, na roubada de bola… Temos que ter muito cuidado. Estamos trabalhando muito essa semana em campo reduzido. Porque se forçarmos uma jogada e perdermos a bola, isso pode custar caro. É sempre difícil. Independentemente do clima, mesmo quando chove em Salvador, você sente muito abafado. O Vitória usa muito bem isso. E o time é treinado pelo Mancini. É um time de qualidade. Tem uma torcida que empurra. Jogar na Bahia é sempre difícil, mas estamos preparados. É mais um jogo para sofrer. É uma equipe que sempre ataca com quatro ou cinco jogadores. Temos que ter os cuidados naturais quando não tivermos a bola.

Problema na zaga

Abel Braga: Eu tenho um problema na zaga. Já estou sem o (Roger) Ibañez. Se eu tiver um problema com outro zagueiro, nem o Nathan, nem o Luan Peres podem jogar em Potosí. Eu acho que pelo que ele (Ibañez) fez hoje, vai poder jogar quinta-feira, mas não posso garantir. De repente não vou poder nem usar a formação que uso, com três centrais, ou posso mexer em outra posição para criar uma situação parecida, que é puxar o Richard para fazer o terceiro central. É complicado. Mudar dois setores… Vamos pensar bem.

Pretensões do Fluminense no Brasileirão

Abel Braga: Na tabela não sei te falar. Mas uma coisa eu garanto: o Fluminense vai brigar por cada palmo do campo, cada bola. Sabemos que alguns jogadores estão se destacando, nem sempre os mesmos, varia. Mas sabemos que nosso forte é o coletivo. E que o grande mérito disso é uma força de vontade incomum, é alma, agressividade, competitividade. Ano passado também começou bem, até acontecerem os problemas. Queira ou não, vamos para o quarto jogo, ja tive dois problemas, o Ibañez e o Airton. O Airton é coisa leve. Já deve estar bem. Mas você lembra muito bem o que aconteceu no ano passado, com Douglas, Renato Chaves fez cirurgia, Gum fez duas cirurgias, teve Scarpa, Sornoza, Wellington Silva, saídas de Wendel e Richarlison… Não adianta fazer projeção. É jogo a jogo, e cada bola em cada jogo. Torcedor ficou orgulhoso no jogo passado. Time buscou o melhor resultado o tempo todo.

Altitude de Potosí

Abel Braga: Você viu o time da Bolívia (The Strongest) que jogou contra o Libertad? Trinta bolas cruzadas na área. E você não força. Você lembra o Vasco. Venceu bem aqui de 4 a 0 (o Jorge Wilsterman, pela pré-Libertadores), chegou lá em 2,800 mil metros, sofreu quatro gols de cruzamento. É muito difícil. Atesta contra qualquer pessoa que tenha uma sabedoria pequena. Não tem condições jogar com uma altitude de 4 mil metros. É desproporcional. Até o dia em que morrer alguém. Um dia que um for no campo, aí tomarão providências.

Chegada de um meia

Abel Braga: Estamos (esperando). Mas se não acontecer, tanto Alessandro quanto Robinho têm feito bem esse papel. O próprio Marcos Júnior, dependendo de como estiver o jogo, também consegue. Esse menino Dodi é diferente… E o Jadson, na classificação da Ponte na Argentina, ele fez gol da classificação jogando como meia, e não como segundo volante. Mas como vocês devem ter visto ontem o jogo do Palmeiras, o jogador que eu queria, o Hyoran, arrebentou com o jogo.

Nathan Ribeiro

Abel Braga: Essa contratação vai toda na conta de Paulo Autuori. Ele que conhecia o atleta, que chegou muito novo no Catar. No terceiro dia eu falei: “Que jogador é esse? Contrata logo!”. Ele continuou treinando, deu quatro, cinco dias, já estavam querendo que ele voltasse para lá. Eu disse, “Paulo, pelo amor de Deus, deixa ele aqui”. Esse jogador vai nos ajudar muito. É muito rápido para zagueiro, tem muita percepção. Sem custo nenhum. Jogador chega aqui para treinar, observar… E o cara foi muito bem. Foi um achado. É um jogador diferente. A direção e o torcedor poderão agradecer o Paulo Autori. Eu só aprovei.

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Por Explosão Tricolor / Fonte: Globo Esporte

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