Quando o empate é um bom resultado




Ganso (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Quando o empate é um bom resultado (por Lindinor Larangeira)

Por duas vezes, o Fluminense esteve na zona de rebaixamento no fim de semana. A vantagem de dois gols do Criciúma foi o primeiro grande susto. A virada do Corinthians, um dos times que, juntamente com Botafogo, Flamengo e Internacional têm jogado o melhor futebol da reta final do Brasileirão, foi o primeiro livramento.

No domingo, as emoções foram ainda mais fortes. No primeiro ataque, o Athletico abriu o placar, em falha de marcação de Thiago Santos. O que já era um caldeirão, se transformou num verdadeiro inferno.

Para piorar, o gol do interminável Eduardo Sasha, jogava o tricolor no Z4, e tirava o Red Bull Bragantino do inferno da zona de rebaixamento. Mas, como nada é tão ruim que não possa piorar ainda mais, Arias desperdiçou um pênalti. Parecia que a vaca tinha ido para o brejo, com bezerro e tudo.

A entrada do maestro PHG 10 ajudou a tirar o Fluminense do sufoco, redimir Arias e resgatar a vaca e o bezerro do tenebroso brejo da Ligga Arena.

O terceiro livramento da rodada veio dos pés de um jogador que quase não faz gol. No finalzinho do jogo, o volante Ramiro balançou as redes de um acovardado Bragantino, que abdicava de jogar futebol. Era o empate do Cruzeiro, que ajudava muito mais o Fluminense.

Fim de jogo no caldeirão da Baixada. O empate, dessa vez, foi realmente um bom resultado. O Flu abriu dois pontos no campeonato que disputa na reta final do Brasileirão, contra Criciúma e Red Bull Bragantino. Um santo empate, já que, alguém tem dúvida que, se vencesse e escapasse do rebaixamento, o Furacão não entregaria o jogo de quinta, contra o Massa Bruta?

Sobre essa conversa de “entregar”, embora não creia que o Flamengo vá fazer isso na quarta-feira, em Criciúma, o presidente Mário Bittencourt deveria agendar uma conversa com seu par, Rodolfo Landim, no sentido de colocar a importância da permanência do Fluminense na série A, para a parceria no Maracanã e para o futebol carioca. Rivais, rivais. Negócios à parte…

Repito, pode parecer ingenuidade, mas não creio que jogadores como Michael, Plata, o garoto Evertton Araújo (para mim, uma das boas revelações do campeonato), Pulgar e Léo Ortiz, entre outros, mesmo que não joguem uma decisão de campeonato, vão entregar a paçoca.

Se isso se confirmar, dificilmente o Furacão vai perder para um destroçado Bragantino. Assim, basta o Fluminense fazer o dever de casa e começar a pensar na próxima temporada.

Thiago Santos tinha razão: aquele ponto contra o Criciúma foi muito importante para uma possível permanência. Afinal, como dizia o saudoso humorista Lilico, batendo o seu bumbo, naquele programa de TV dos já distantes anos 1970, o “Balança mais não cai”: “O errado é que tá certo”. Às vezes, sim, meu caro Lilico.

PS1: Alô Dorival, Yuri Alberto é seleção!

PS2: Até que enfim, Diniz!

PS3: A torcida vai cumprir seu papel na quinta-feira. Antes disso, que Mário Bittencourt cumpra o seu. Se reunindo com Landim e marcando a CBF em cima, para que não tenhamos um Flávio Rodrigues de Souza, ou outro paulista (o Daronco seria uma provocação de baixo nível) na arbitragem de um jogo decisivo.

PS4: É vencer ou vencer.