Que a FERJ não sirva para tapar o sol com a peneira no Fluminense

Demorei a escrever minha coluna, pois confesso que, mesmo tendo criticado bastante a condução da gestão do futebol do Fluminense nos últimos meses, eu estava com muita fé de que iríamos disputar a final do Estadual. Não tem jeito: por mais que você fique sabendo de algumas coisas que ocorrem nos bastidores, quando a bola rola, o coração explode e o lado torcedor acaba falando mais alto. E ainda há quem diga que a galera que anda criticando, vive torcendo contra o Fluminense por questões políticas. Gosto de ver este tipo de comentário no meu mural pessoal do facebook, pois fico sabendo quem realmente ama o Fluminense de verdade. Este tipo de comentário só pode ser feito por pessoa muito imbecil ou que possui algum interesse pessoal no atual Fluminense. Há uma turma bastante oportunista nas redes sociais que anda patrulhando os tricolores que criticam algo do atual Fluminense. Um recado: convido cada um de vocês para um saudável DEBATE, com um fazendo pergunta para o outro. Podemos fazer por HANGOUT (ao vivo) ou gravado (gosto do ao vivo, pois fica mais autêntico). Alguém topa encarar? Duvido!

Sobre o jogo, o Drubscky fez uma tremenda lambança ao escalar o meu xará de centroavante. O Vinicius foi um dos destaques do time no primeiro duelo. Sem inventar: Lucas Gomes pelo lado e Kenedy de centroavante. Não sei se daria certo, mas seria o mais coerente, pois manteria a formação tática utilizada nos jogos anteriores.  

Sobre o jogo, na primeira etapa, o Botafogo passou por cima do Fluminense na base da força, violência e correria. Um pouco antes de ir para o intervalo, o Flu entrou no jogo e achou um gol. No segundo tempo, só deu Fluminense. E nada do gol da classificação. Culpa da FERJ? Não. Culpa da falha de planejamento da gestão de futebol. Ninguém nas Laranjeiras sabia que o Michael corria risco de ser punido novamente? Ninguém nas Laranjeiras sabia que o Walter não tinha mais clima para atuar pelo Fluminense? Deus castiga. E castigou bonito, pois ficou clara a falta de um camisa 9. O Flu criou muitas chances, mas cadê o cara para empurrar para o fundo do barbante e colocar o Flu na finalíssima? Não sei se o Samuel resolveria, mas diante do catastrófico cenário financeiro do clube, e as situações do Michael e do Walter, ele teria que estar neste elenco. 

Na disputa de pênaltis, não condenarei ninguém, entretanto, a cobrança dada pelo Cavalieri foi uma das coisas mais bizarras que já vi ao vivo num estádio de futebol. Famoso pé de chumbo que só serve para bater tiro de meta. Com toda sinceridade, nem os goleiros da minha pelada, no meu querido subúrbio carioca do Méier, batem desta forma. Não consigo entender como um cara que vive de futebol desde pequeno, não consegue acertar o gol numa cobrança de pênalti. Ele tinha o direito de perder, mas isolar daquela forma é sacanagem.

É óbvio que a FERJ contribuiu bastante para o nosso fiasco. Só um idiota oportunista não admite isso. O Fred fez muita falta, mas o “se” não pode ser utilizado como justificativa para o fracasso. As manobras contra o Fluminense foram covardes e sujas, mas os 45 minutos finais do jogo de ontem, mostraram que a FERJ não pode servir de desculpa para tapar o sol com a peneira. Previsão ruim para o Brasileiro? O tempo dirá, mas a verdade é uma só: o elenco é fraco. Perdemos jogadores e a reposição foi uma tristeza só. Dos sete reforços, somente o Vinicius vingou, mas, na minha visão, o meu xará não passa de uma boa opção para o banco de reservas. E só.

Vamos aguardar a estreia do Brasileirão. A preparação começará amanhã… Desculpe, começará na terça!… Esqueci! O elenco ganhou folga e só voltarão a treinar na próxima quarta-feira. Esse é o Fluminense sério e politicamente correto. E há quem concorde com isso e fique invocadinho quando a gente critica. 

EXPLOSIVAS DO GUERREIRO:

1 – Sou contra a queimação dos garotos. Se o Fluminense ainda tem alguma competitividade, agradeça ao Gerson e ao Kenedy. Máscara é algo que dá para solucionar. 

2 – Se a máscara dá para solucionar, não podemos dizer o mesmo da ruindade técnica de algumas barangas contratadas pelo Mario Bittencourt com base nos “scouts” do Fernando Simone.

3 – O Wagner e o Jean precisam de treinamentos da turma lá do BOPE. Os caras foram mantidos com o maior sacrifício e custam os olhos da cara. Eles não assumem a responsabilidade técnica deste time nem pelo cacete. São omissos e sem sangue. Até quando aturaremos? 

4 – Não me venham fazer festa caso o Flu contrate o Magno Alves. Gosto muito dele, mas chegar como salvador da pátria com 39 anos de idade é o fim da picada.

5 – É importante que o torcedor do Fluminense se torne sócio, mas isso não pode ser encarado como a “salvação da lavoura”. Basta fazer algumas projeções com base nos preços atuais para ver que não é bem assim que a banda toca. Ajudaria muito, mas não é a única solução.

Saudações Tricolores!

Vinicius Toledo / Explosão Tricolor