Repórter destaca favoritismo de Germán Cano para vencer o prêmio Rei da América






Argentino é o favorito para receber o prêmio do El País

Germán Cano é o grande favorito para ser o Rei da América em 2023. Artilheiro da Libertadores e grande nome do Fluminense na campanha do título da competição, ele é um dos que esperam o prêmio, dado anualmente pelo jornal uruguaio El País desde 1986. A informação é do repórter Caio Blois, do site Trivela.

O prêmio começou em 1971, com Tostão, do Cruzeiro, como vencedor. À época, a honraria era concedida pelo jornal El Mundo, da Venezuela. Quinze anos depois, passou a ser dada pelo El País. A votação começa na última semana de novembro, dura um mês e o resultado é tradicionalmente divulgado em 31 de dezembro, último dia do ano.

Rei da América não é o melhor jogador da Libertadores

Embora muita gente acredite que o prêmio é dado ao melhor jogador da Libertadores, principal competição da América do Sul, isso não é verdade. Uma grande performance no torneio, claro, chama a atenção e pesa muito. Mas não é só isso.

Assim como prêmios da FIFA e da UEFA, por exemplo, toda a temporada é analisada. Destaques das principais competições do continente por clubes e seleções, desde que atuem na América do Sul, estão elegíveis para votos.

Os jornalistas costumam considerar, além da Libertadores, competições como a Copa Sul-Americana, anos de Copa América, quando acontecem, e os principais campeonatos nacionais.

– Quem se destaca no Campeonato Brasileiro e o Campeonato Argentino, os mais fortes do continente, costuma ser lembrado. Nem sempre o melhor jogador da Libertadores é o Rei da América, embora, claro, muitas vezes uma performance incrível seja premiada, como uma Copa do Mundo pesa para o Melhor do Mundo da FIFA, por exemplo – explica o jornalista Juan Pablo Romero, do Diário Ovación.

Rei da América é eleito por jornalistas das Américas do Sul, Central e do Norte

A votação é feita por e-mail, com votos de jornalistas esportivos selecionados pelo El País. A ideia é que os principais representantes da profissão votem e escolham seus preferidos. O número de votos costuma girar entre 200 e 250, mas vem aumentando nos últimos anos.

Somente jogadores em atividade no futebol sul-americano estão elegíveis para serem votados. Isso exclui que Lionel Messi, que joga pelo Inter Miami, na MLS, a liga dos Estados Unidos, seja votado, por exemplo.

– Os votos não chegam só da América do Sul. Há votantes também do México, dos Estados Unidos e de alguns países da América Central. A ideia é ter opiniões diversificadas justamente para equilibrar o pleito e evitar que ídolos nacionais se sobreponham à temporadas melhores de jogadores menos conhecidos – afirma Romero.

Germán Cano é o favorito para ser o Rei da América

Embora haja destaques individuais no Campeonato Brasileiro como Luis Suárez, Tiquinho Soares e Raphael Veiga, o grande favorito ao prêmio é Germán Cano.

– A temporada que Cano fez e principalmente sua performance na Libertadores o coloca como um dos principais favoritos ao prêmio, sem dúvidas – diz Romero.

Os 13 gols em 12 jogos na Libertadores dão números impressionantes ao argentino, que não só foi o artilheiro da competição e marcou na final em que o Fluminense venceu o Boca Juniors. Essa também foi a melhor marca de um jogador no século XXI.

Apenas Luizão, que marcou 15 gols em 2000, Norberto Raffo, do Racing, com 14 em 1967 e Daniel Onega, do River Plate, que marcou 17 em 1966 fizeram mais que Cano em uma só edição de Libertadores.

A temporada avassaladora de Germán Cano deve dar a ele certa vantagem. Mas é bom não fechar o olho para o craque que vencer o Campeonato Brasileiro. Caso seja eleito Rei da América, Cano se igualará a Romerito, que até hoje é o único jogador do Fluminense a vencer o prêmio, em 1985.

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Por Explosão Tricolor

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