Retorno ao time titular, críticas ao desempenho do Fluminense, duelo contra o Goiás e muito mais: leia a entrevista coletiva de Nino




Nino (Foto: Daniel Perpetuo / Fluminense F.C.)



Zagueiro concedeu entrevista coletiva após o treino da manhã desta quarta-feira

No fim da manhã desta quarta-feira (27), o zagueiro Nino concedeu entrevista coletiva no CT Carlos José Castilho. O defensor falou sobre o seu retorno ao time titular, críticas ao desempenho do Fluminense, desabafo de Wellington Silva, sonho de disputar a Libertadores, duelo contra o Goiás e muito mais. Confira abaixo todas as respostas do jogador:

Saída e retorno ao time titular

“Em entrevistas passadas eu já tinha deixado muito claro sobre a qualidade dos nossos zagueiros. Quando sei da qualidade dos meus companheiros, dos que acabam concorrendo comigo por uma vaga, eu sei que há a possibilidade de eu ir para o banco, de começar como reserva. Isso não me incomoda porque sei da qualidade deles. Sei que não existe injustiça quando todos os jogadores são de alto nível. Minha cabeça foi sempre de me preparar para quando tivesse a oportunidade, aproveitar. E vai ser sempre assim: o treinador soberano, e o que ele escolher, a gente vai acatar e continuar fazendo o nosso melhor.

Eu tinha saído por suspensão. No jogo que eu saí, foi o Fla-Flu, um jogo muito sólido da defesa, em que a equipe se comportou muito bem. Esse é o motivo claro, motivo que eu concordo, é preciso dar sequência quando o time vem jogando bem. E a volta aconteceu naturalmente, eu vinha trabalhando nos treinamentos, o Marcão não precisa ficar dando satisfação para mim sempre. Eles (Marcão e Ailton) que tocam o elenco, que gerem tão bem o nosso grupo, a gente entende e compreende que o melhor para o Fluminense vai ser sempre feito. Encarei com muita tranquilidade, era o melhor para o time naquele momento, o time vinha jogando bem e assim foi feito.”

Críticas ao desempenho do Fluminense

“As críticas vão surgir sempre. Eu já saí de muitos jogos muito decepcionado porque a gente tinha sido muito superior ao adversário e tinha perdido o jogo. Creio que no Campeonato Brasileiro nem sempre a gente vai conseguir ganhar, jogar bem e massacrar o adversário. O importante é estar sempre somando.

A gente vem de três bons resultados. Se a gente mantiver essa média de a cada nove pontos disputador, fazer sete, a gente com certeza está na Libertadores. É continuar trabalhando, sabendo que tem muita coisa para melhorar… Ir sempre em busca disso, mas também sabendo que não está tudo errado. Estamos conseguindo sair com bons resultados e tem muita coisa boa dentro do nosso time.”

Desabafo de Wellington Silva

“É sempre muito difícil. A gente sabe que as críticas vão sempre existir e a gente tende a se preparar. Mas a cobrança começa por nós mesmo. Todos nós temos objetivos e metas para alcançar. A gente se cobra todo dia nos treinamentos. E chega uma hora que isso acaba extrapolando, que a gente acaba chegando no nosso limite. A gente quer sempre estar agradando aqueles que torcem por nós, aqueles que amam esse clube, mas infelizmente não é sempre assim que acontece.

As críticas e o exagero da crítica têm se potencializado muito com as redes sociais. As pessoas têm perdido o medo, se escondido atrás de uma tela, acham que podem falar qualquer coisa. Mas nós jogadores também somos seres humanos, a gente também erra, tem a nossa família, que fica triste junto com a gente, também sabe do nosso momento quando a gente não consegue acertar.

Acho que o Wellington sempre nos ajudou muito, um cara que sempre amou muito com o clube, é muito identificado com o Fluminense, um cara que nasceu aqui. Ele mais do que ninguém queria agradar, acertar, retribuir ao Fluminense tudo que o Fluminense fez por ele. Ele acabou chegando no limite dele após um lance que, ao me ver, é normal de jogo, que não é um lance inacreditável que ele errou. Logo no jogo seguinte a gente fica feliz porque ele conseguiu fazer o gol, conseguiu nos ajudar e conseguiu trazer energias boas e comentários bons para ele novamente.”



Sonho de disputar a Libertadores

“Com certeza é um sonho jogar uma Libertadores. Quando garoto, a gente assiste, e é o que enche os nossos olhos. E a gente sonha em jogar sempre essas grandes competições. Por um grande tempo na nossa vida, esse sonho foi bem distante. Eu me vi muito distante dessa realidade. Por algumas vezes, eu acreditei que não conseguiria jogar uma competição como a Libertadores em um time gigante como o Fluminense. E ver essa possibilidade surgindo me enche de alegria, gratidão.

Um sonho que eu não sonhei sozinho, toda minha família sonhou junto comigo. Tenho certeza que eles também se realizam com as minhas realizações. É um sonho realizado, a palavra é gratidão pela oportunidade que o Fluminense me deu, gratidão pelo trabalho que a gente vem fazendo, e a gente espera, luta e trabalha para que, no final do campeonato, a gente possa alcançar esse objetivo.

É um objetivo do clube, um sonho de todos, a gente sabe que, pela grandeza do Fluminense, é sempre nesse patamar que tem que estar brigando. E a gente está lutando e se esforçando para colocar o Fluminense nesse lugar que ele sempre tem que estar novamente.”

Eventual eliminação na Pré-Libertadores

“A gente não pensa em ir para a Pré-Libertadores e ser eliminado, não é um medo que passa na nossa cabeça. Nosso foco é se classificar. Clubes gigantes como o Fluminense têm que estar jogando competições gigantes como a Libertadores. No momento que a gente se classificar, em momento algum vai passar pela nossa cabeça ser eliminado. O foco é sempre em classificar, em seguir ganhando, e esse é o nosso objetivo: é ganhar o próximo jogo contra o Goiás, depois fazer uma grande partida novamente. E assim conquistando pontos para colocar o time na Libertadores, sem pensar em derrota, eliminação, sempre tentando fazer o nosso melhor.”

Críticas ao trabalho de Marcão

“Eu já falei dele algumas vezes e continuo da mesma opinião, o Marcão é um cara muito identificado com o clube, que conhece muito bem nosso elenco, que está disposto a ajudar. Conhecia muito bem o trabalho que o Odair vinha fazendo e tem a capacidade de dar continuidade a esse trabalho. A gente está muito satisfeito com o que ele tem feito. As críticas não vão abalar e não vão mudar em nada o trabalho dele, até porque o Odair agora é muito elogiado, mas quando estava aqui era muito criticado. Muitas, muitas e muitas críticas e críticas duras ao trabalho que ele desempenhava aqui. Outros jogadores que saíram, agora, são elogiados, mas quando saíram eram muito criticados. Isso não pode nos abalar e mudar em nada o nosso trabalho.”



Desejo de disputar as Olimpíadas de Tóquio

“Sempre foi um sonho para mim. Um sonho que pude realizar uma parte dele no Pré-Olímpico e continuo alimentando esse desejo de participar dos Jogos Olímpicos, mas sempre como prioridade o Fluminense. Foi o que me colocou lá e é o clube que estou todo dia, que me sustenta, que me dá as oportunidades. Estou com a cabeça sempre aqui e muito mais focado nos objetivos que a gente tem de classificação para a Libertadores é uma possível Libertadores que a gente vai ganhar. A Seleção, se acontecer, é um sonho realizado, mas um acréscimo por tudo que eu tenho feito aqui e pela oportunidade que o Fluminense tem me dado.”

Classificação para a Libertadores é obrigação?

“Eu não encaro como uma obrigação. No começo do campeonato, todo mundo apontava que nosso time ia brigar para não cair. Não tem como encarar agora como uma obrigação a classificação para a Libertadores. Durante todo o campeonato, nosso time foi muito criticado. Em todos os momentos, as pessoas diziam que a gente ia cair na próxima rodada, “na próxima rodadas eles não aguentam”, “vai perder o fôlego”… E a gente tem ganhado, tem conseguido uma sequência de vitórias, tem conseguido manter a mesma média do 1º turno. A gente não encara como uma obrigação, a gente encara como uma responsabilidade, muito feliz por tudo que a gente tem feito, mas a gente espera e luta para continuar com essas vitórias, com essa média de pontos.

Em relação aos jogos do 1º turno, a gente fez uma grande sequência realmente, mas é uma coisa totalmente diferente. Agora as lutas estão muito claras e evidentes. A gente vai enfrentar muito time brigando para não cair, que vai fazer o jogo da vida, assim como é o jogo da nossa vida. Primeiro turno é um campeonato, segundo é totalmente diferente. A gente não pode levar em conta isso. A gente está ciente que não é assim, que os jogos vão ser muito mais difíceis do que foram no 1º turno, e ciente também da responsabilidade, mas não obrigação.”

Duelo contra o Goiás

“Com certeza é um jogo muito difícil, a gente não pode se iludir pela classificação que o Goiás tem na tabela. Ele já em de uma arrancada e melhora há bastante jogos. Último jogo ganhou do Santos… É time muito qualificado e muito organizado, dois atacantes muito bons, muito fortes, que buscam o tempo todo o contato, a luta, o gol.

A gente tem que estar muito atento, sabendo que vai ser um jogo muito difícil, que a gente precisa entrar com o mesmo empenho que entrou nos últimos jogos. E cada jogo tem uma história, a estratégia é traçada de acordo com o adversário, a gente tem trabalhado, focado no Goiás para que no final de semana a gente possa fazer um grande jogo e, se Deus quiser, com mais um bom resultado.”

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Por Explosão Tricolor

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