Santa vitória






Tudo bem, a situação segue dramática, mas os três pontos conquistados em cima de um empolgado Fortaleza, em pleno Castelão, devem ser comemorados. Confesso que fiquei cabreiro nos primeiros minutos, mas o Muriel realizou defesas sensacionais. Aos poucos, a equipe equilibrou as ações e, consequentemente, criou chances reais de gols. Porém, como de costume, o ataque desperdiçou três grandes oportunidades: duas com o Wellington Nem e uma com o João Pedro.

Não sei se é nervosismo, ansiedade ou questão técnica, mas a verdade é que já passou da hora do elenco treinar exaustivamente o fundamento de finalização. Muito desse perrengue que o Fluminense está passando no Brasileirão se deve ao fato do time desperdiçar um caminhão de gols.

Após o intervalo, o Fluminense seguiu jogando razoavelmente bem até os quinze minutos, mas depois…

Pois é, depois dos quinze minutos, o Fortaleza colocou dois jogadores velozes, que já passaram pelo Fluminense: Osvaldo e Romarinho. Por sorte, finalizar não é a praia deles, mas eles fizeram o jogo ficar acelerado. Para piorar o cenário, Nenê cansou e começou a errar quase todos os passes. Com o Ganso recuado, o Fluminense perdeu de vez o meio de campo.

Com a queda de rendimento do Fluminense, o Fortaleza passou a dominar, mas acabou esbarrando no Muriel. Ou será “MUROel”? Grande partida, lembrou o Cavalieri contra o Náutico, nos Aflitos, em 2012, na campanha do tetracampeonato brasileiro. Na ocasião, os guerreiros venceram por 2 a 0, com dois gols do Samuel. 

Nos dez minutos finais, o Fluminense voltou a equilibrar a partida, mas que a arbitragem mais uma vez jogou contra. Primeiramente, o árbitro ignorou uma falta escandalosa no João Pedro. Talvez tenha sido alguma ação do Sobrenatural de Almeida, que teima em querer derrubar o Tricolor.

Por sorte, o Gravatinha entrou em ação. E entrou em grande estilo. Do nada, Digão deu uma bela antecipada, arrancou com a bola, passou para o Caio Henrique, que deu um cruzamento bem esticado, mas que o cansado Nenê conseguiu escorar para o João Pedro estufar a rede cearense. Foi ou não foi obra do Gravatinha?

O cenário poderia ter ficado ainda melhor, mas a arbitragem de campo e o VAR mais uma vez jogaram contra. O gol anulado do João Pedro foi mais um ato vergonhoso de um sistema que parece cada vez mais determinado em derrubar o Fluminense. Não é possível que a diretoria tricolor permanecerá calada. 

Santa vitória! Apesar das dificuldades, é como o meu amigo capixaba Renato Neves sempre fala: o pulso ainda pulsa. Fé!

Vinicius Toledo

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