Sem-vergonha é a diretoria do Fluminense, o time é um bando




Sem-vergonha é a diretoria do Fluminense, o time é um bando (por Lindinor Larangeira)

Os gritos de “time sem-vergonha”, no final de outra atuação deprimente do Fluminense, e os tímidos xingamentos, mandando “tomar caju” aquele que de fato é o grande responsável por essa situação desesperadora, o atual mandatário do clube, refletiram a frustração e a insatisfação da torcida, com um time que, parece fazer muita força para ser rebaixado e uma diretoria que parece assistir a tudo sem qualquer reação.

Se ainda não caiu, como Atlético Goianiense, de quem perdemos os dois jogos, e Cuiabá, com quem faremos, talvez, mais um “jogo de vida ou morte”, foi pelos milagres de João de Deus, Germán Cano e Fábio.

Ao time não falta vergonha. Falta organização, atitude e futebol.  Não é uma equipe, mas um bando, pessimamente treinado, correndo sem direção em campo. E o pior: alguns correndo para não chegar.

Ontem, a oportunidade mais clara de gol foi do Criciúma. Se a bola tivesse entrado, o rebaixamento já seria uma realidade.

Mano Menezes insiste nas irritantes e equivocadas escalações das nulidades Martinelli e Diogo Barbosa. Ontem, exagerou no erro ao barrar Lima e manter Martinelli. Com a saída do único vestígio de criatividade do time, PH Ganso, o treinador conseguiu aprofundar ainda mais a lambança, colocando em campo o ex-jogador em atividade Renato Augusto.

As entradas de Serna, que errou tudo, e de um Marquinhos alheio ao jogo, nada acrescentaram. Se a ideia era fazer jogo de abafa, com bolas altas na área, como aconteceu, por que não optar por dois centroavantes?

Confesso que quando vi o moleque João Neto no aquecimento, tive a ilusão de que Mano teria a coragem e a ousadia de dar o batismo de fogo ao garoto. Poderia não dar em nada? Óbvio. Mas a entrada de um jogador que sabe que não vai permanecer e já não demonstra qualquer compromisso, como Marquinhos, já sinalizava que em nada daria.

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E como um moleque de Xerém foi decisivo no empate em Criciúma, talvez outro pudesse decidir a partida, em que a torcida e Keno foram os destaques. Sobre Serna, mesmo voltando muito mal da contusão, continuo apostando nesse jogador.

Em relação aos dirigentes, sem-vergonha também define alguém sem brio. Palavra que significa empenho, energia, perseverança, entusiasmo na realização de algo, no cumprimento de tarefa. Ou será que o omisso Mário, o sonolento Angioni e o fujão Fred, são pessoas zelosas no cumprimento do dever?
Aliás, o que faz o CEO do clube, Fernando Simone? Sem falar na cumplicidade do conselho, que deveria ser deliberativo e apenas referenda as decisões do “monarca”.

Noto um silêncio ensurdecedor dos passadores de pano. Aquela gente infame, que blinda um gestor vaidoso e pusilânime, que some nos momentos de crise.

Depois do jogo de ontem, o Fluminense continua a depender somente de si. Esse é o grande perigo.

PS1: Fábio, Samuel Xavier (Guga), TS3, Thiago Santos e Guga (Fuentes). Bernal, Lima, Arias e Ganso. Cano (JK) e Keno. A barração de Diogo Barbosa e Martinelli é urgente e necessária. Manter esses dois é mais do que teimosia: é burrice.

PS2: Vê se ajuda a gente agora, Diniz…

PS3: Que o Corinthians passe o Garro no Criciúma.

PS4: “Abenção, João de Deus…”




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