Apenas sete dos 20 clubes da Série A assinaram o documento
Em reunião na manhã desta terça-feira (03), em São Paulo, sete clubes da Série A assinaram um documento que prevê a criação de uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro.
Assinaram o documento com a Codajas Sports Kapital: América-MG, Bragantino, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo. O Cruzeiro, que está na Série B, também assinou.
Uma nova reunião, com a participação dos 40 clubes que estão nas Séries A e B do Brasileirão foi marcada para a semana que vem, na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Dos 20 clubes da Série A, apenas Cuiabá e Juventude não estiveram na reunião. Das equipes atualmente na Série B, marcaram presença dirigentes de Cruzeiro, Guarani, Ponte Preta, Sport e Vasco.
Quem saiu reclamando foi o presidente do Athletico-PR, Mário Celso Petraglia. Ele afirmou que os 14 clubes que não fazem parte do bloco que propôs o acordo foram surpreendidos. No entanto, até mesmo um dos integrantes do Forte Futebol, que está a princípio alinhado com Petraglia, assinou o documento nesta terça-feira, o América-MG.
– Para os nossos 14 clubes, não consideramos (que a liga está criada), fomos surpreendidos com a pauta de reunião, que era de clube para clube, para discutirmos alguns pontos que não concordamos, acho que facilmente chegaremos lá, e aí houve uma inversão de objetivos, não se discutiu praticamente nada, presença de dirigente da Federação Paulista de Futebol, presença de representante da CBF, ontem falei com a Fifa sobre a liga, virão em junho conversar com a CBF. Então a intenção seria uma conversa entre os clubes para ajustar. Aí vieram com os estatutos prontos e que os seis assinariam, e quem quisesse assinar também que ficasse à vontade. Eu nem estudei o estatuto. Recebemos uma proposta com itens de divisão de valores, pesos, Série A, Série B… A Série B não foi nem convidada. A vaidade dos clubes com grandes torcidas… – disse Petraglia.
– Estou há mais de 20 anos no futebol. Já tive várias reuniões como essa. Sempre por trás acaba acontecendo claramente os interesses pecuniários, de poder, de mando, de conduzir aquilo pelo seu umbigo. Eu não vou legar ao meu clube no fim da caminhada uma liga que não esteja de acordo com o que penso do futebol – concluiu o mandatário do Athletico-PR.
Havia a expectativa de que um documento formal seria assinado pela maioria dos clubes da Série A nesta terça-feira. Mas ainda há divergências entre dois grupos. O primeiro tem os clubes paulistas mais o Flamengo. O segundo é o “Forte Futebol”, movimento criado por dez clubes da Série A que se identificam como “emergentes” e contam com o Atlético-MG como embaixador.
A divergência diz respeito à divisão dos recursos quando os contratos de TV forem assinados. A proposta da Codajas era de divisão com 40% dos valores fixos, 30% variável por performance esportiva e 30% por audiência. O grupo do Forte Futebol prefere que a divisão seja 50-25-25. Essas diferenças devem ser acertadas nas próximas reuniões.
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