Sobre o Fluminense e os hábitos alimentares do azar




Danilo Barcelos (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)



No jogo contra o Juventude, em que pese o resultado negativo, muitos comentaristas viram algum nível de evolução no Fluminense. Uma avaliação realista? Penso que sim, leitor. Eu mesmo falei de uma ‘’evolução relativa’’. O empate pareceu injusto, o Fluzão merecia a vitória. A sorte também esteve contra nós no gol de empate da equipe adversária.

Contra a equipe gaúcha, o Tricolor apresentou mais volume ofensivo, algumas jogadas pelo meio, tabelas, triangulações e uma movimentação interessante. Árias era o jogador insinuante que, movimentando-se da esquerda para o meio, buscava a tabela e a aproximação com os jogadores de frente. Pecamos no acabamento da jogada, no último passe.

Contra a Chapecoense, o lanterna absoluto do campeonato, os vinte primeiros minutos pareciam confirmar nossos prognósticos sobre o progresso do Pó de Arroz, sobre um ‘’relativo progresso’’. No começo do primeiro tempo forçamos o jogo pela direita e, com alguma facilidade, conseguimos uma boa vantagem – 2 a 0!

Estranhamente, contudo, o Amado Clube de Laranjeiras renunciou ao jogo e, ao mesmo tempo, tentou administrar o resultado dando a iniciativa para a fraca equipe catarinense. O primeiro tempo termina sem que o Flu tenha explorado o contragolpe contra uma Chape que, tropeçando em suas próprias limitações, tentava sair para o jogo.

Querem um resumo? No segundo tempo minha esperança na evolução do conjunto havia desabado: substituições equivocadas, uma sequência de erros coletivos, falhas individuais e uma postura excessivamente cautelosa fizeram do Tricolor um garçom do azar. E qual o prato preferido do azar? A Sopa! Novamente, tal como no jogo contra o Juventude, o Fluminense ofereceu sopa para o azar.

– Se não fosse pela boa atuação do goleiro Marcos Felipe, o Fluminense poderia ter empatado contra o lanterna da competição! A vitória veio, mas, a esperada evolução da equipe… só nos resta torcer!

Teixeira Mendes