Sozinho na mesa de um restaurante com PPV. O que não fazemos pelo Fluminense?




Amigos Tricolores,

Assisti ao jogo de ontem de uma forma inusitada. Foi num Restaurante no bairro da Saúde, ali perto da Praça Mauá, na Rua Sacadura Cabral, pois não daria tempo de ver em casa. Trabalho ali perto, e negociei um horário especial: entrei mais cedo e saí às 17 horas, perdi os primeiros dois minutos de jogo. Acordei, com isso, duas horas antes do meu horário habitual. O que não fazemos pelo Fluminense!?

Cheguei ao restaurante e perguntei pelo PPV, pois na véspera eu consultara o local e sabia que passavam os jogos.

O restaurante estava vazio. O gerente então se espantou: “Tem jogo agora?” “Sim, já estão jogando, é o meu Fluminense.”

Ok, prontamente ele colocou no Canal Premiere e eu fui escolhendo uma mesa, tarefa difícil quando estão todas vazias. O restaurante era meu. Escolhi uma, mas ele mesmo me alertou que eu poderia ouvir melhor o som numa outra, perto de outra tela, mais ao fundo do estabelecimento. Ok, aceitei a sugestão.

Eu mesmo fiquei incrédulo. Será que esse jogo está ocorrendo mesmo? Não será pegadinha? Só eu aqui, ninguém secando o meu Flu, ninguém torcendo comigo. Um restaurante fantasma.

Será que eles agora fazem os jogos em estúdio, como videogames, nos laboratórios da dona Federa? (Xiii, melhor não dar ideia!) Jogo às 17 horas de uma quarta-feira, é isso mesmo? Na Baixada? É pra ninguém ir?

Bem, pedi uma cerveja, o jeito era beber sozinho. E um sanduíche, que depois revelo de que era feito.

Jogo morno, Flu pressionando, oportunidades perdidas… E chegou meu sanduba, enorme, acompanhado de muitas batatas-fritas. Putz, adeus regime! Como vou dar conta disso tudo? Nem se o Walter me ajudasse, mas ele estava ocupado, sentadinho no banco de reservas do videogame a que eu assistia.

Aí eu pensei: putz, sem concentração, agora que o Waltinho vai comer bolacha recheada até explodir… Lamento.

Pressão do Flu, contra-ataque deles, defesa mal posicionada e… Gol, o cara entrou sozinho… Começou mal meu joguinho. E eu não podia interferir com o joystick.

E mais pressão do Flu. Duas bolas na trave, Fred e Lucas Gomes. Wagner leva uma pancada violenta, tem que sair do jogo. Renato tem um problema muscular. No atendimento o massagista Gegê mostra uma forma GG e tem uma distensão muscular…

Jogo se complicando, fim do primeiro tempo…

Flu fez as três substituições… Ah, minto, a do massagista não conta.

Mas o segundo tempo foi outro. E eu ainda estava preocupado com o preparo físico do time, pois contra o Friburguense neguinho morreu cedo…

Só que não! O time caiu dentro, foi pra cima, criou boas jogadas, pressionou, e logo aos 11 minutos Giovanni acertou bom chute, e teve a ajuda do goleiro para marcar seu primeiro gol pelo Flu. Gosto de laterais marcando gols!

O time ia empurrando o adversário, e eu empurrando meu sanduíche, gostoso, mas muito grande para quem queria só um lanchinho par assistir ao videogame. A cerveja ajudava, mas beber sozinho só não deu tristeza porque eu estava ali, na verdade, com uma antiga paixão: o meu Fluzão!

Entrou o Robert no lugar do Lucas Gomes. Boa chance para o garoto, este tem que ser o ano dele, motivado com a renovação!

Golaço do Jean, duas deixadas até a bola chegar nele. Dois gols do Fred, sempre o Fred! O nosso grande artilheiro, que completou 142 gols, o terceiro do ano em dois jogos, e parte firme para ser em pouco tempo um dos maiores artilheiros do Fluminense, pois breve deverá passar Russo (149), Welfare (161), Telê (164) e Hércules (165). E depois talvez Orlando Pingo de Ouro (184), para ficar atrás somente de Waldo (319).

Eufórico com a goleada, tive até dificuldades para atualizar os gols em mensagens de voz por whatsapp, para os amigos tricolores que não puderam ver o jogo e pediam informações.

Fim de jogo! E se tudo parecia estranho no intervalo, mostrou-se uma verdadeira carne assada no segundo tempo.

E o sanduíche? Acabei matando, perto do apito final. E era de que? Ora, acertou quem chutou de carne assada e queijo. Um verdadeiro Nova Iguaçu com fritas…

Difícil de ser consumido todo, mas desceu redondo, com a cerveja e, lógico, com a vitória do meu Fluzão.

No retorno para casa peguei um ônibus e, para minha alegria, o motorista era muito tricolor, daqueles que levam um galhardete do clube atrás da cadeira de motorista. Falei, então: “Puxa, nunca peguei um ônibus tão certo! Ganhamos de 4 x 1, tricolor!” E o do volante respondeu: “Achei que tinha sido 3 x 1, fizeram mais um?” “Fred, mais um do Fred!”, respondi.

E assim foi minha aventura assistindo a um jogo fantasma, num restaurante vazio, numa hora improvável, num campeonato hediondo, pelas pessoas que o organizam, pelas medidas ditatoriais, pela maneira como dissimuladamente o cara aceita reverter tudo… E para não dar o braço a torcer bota seus diretores laranjas que ninguém conhecia para virem com um discursinho de conciliação.

Nada como um bom esporro do Sr. Governador, não é mesmo, presidente da Federa? Tomou um pezão pra ficar em paes! A ditadura desmoronou rapidinho; só não sabemos, mas desconfiamos, de que forma ele vai se vingar manobrando os resultados dos jogos, com aquele presidentezinho do mal, que voltou para tumultuar e defecar regra…

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Domingo o Maraca não estará vazio… Teremos líder em campo!

Mas domingo tem Maraca, com meia-entrada e preços estabelecidos pelo mandante, ao que parece. Toma essa, ditador! Fica quietinho que suas taxas vergonhosas estão garantidas! Não cresce o olho não porque quem tudo quer tudo perde.

A Federação não pode ser o mais importante.

Porque O IMPORTANTE É O SEGUINTE: SÓ DÁ NENSE!!!

Por PAULONENSE