Tem que ajeitar a “casinha” do Fluminense




O Fluminense tem que ajeitar a cozinha (Foto: Divulgação)
O Fluminense tem que ajeitar a cozinha (Foto: Divulgação)

É chato escrever depois de uma derrota (mais uma) para a Chapecoense no Maracanã. São coisas que não imaginamos. O Fluminense desde 2012 não tem um sistema defensivo convincente. Para compreender o presente temos que entender o passado. Os dois times campeões brasileiros de pontos corridos do Fluminense têm muitas coisas em comum, mas me chama atenção certos fatos. Os dois times tinham Gum como zagueiro. Os dois times tinham um “camisa 5”. Qual era a verdadeira função deles? Limpar a barra do Gum.

O Gum é aquele zagueiro rebatedor, aquele que entra no segundo tempo pra segurar a pressão do time adversário. Rebate todas as bolas cruzadas na área. Muito pouco para jogar no Fluminense. Não podemos “perder” um jogador para cobrir suas insanidades. Gum deveria ter sido dispensado no início do ano. Não tiveram essa complacência nem com o Marcão, que comprometia bem menos.

Falando sobre o jogo, esse sistema defensivo falho capitaneado pelo Gum entregou a paçoca três vezes. Camilo jogando muito bem contra o Fluminense (pra quê dizer que não o queria antes do jogo – queria motivá-lo?), Jonathan, que deu uma assistência incrível, numa partida excepcional para a média do Wellington Silva, que não rendeu muito na lateral esquerda. Aliás ele não rende muito em lugar nenhum.

Falava aqui neste espaço para aproveitar esse fim de temporada para fazer testes para a próxima temporada. Eduardo Batista continua insistindo em manter o time titular. Me irritou muito ouvir na sua entrevista coletiva pós-jogo que o zagueiro Artur está indo muito bem nos treinamentos. E ele continua reserva do Gum. Pelo menos em uma coisa eu concordo com o Eduardo Batista: Wellington Paulista é a última opção do setor ofensivo.

Jogadores como Edson, Artur e Ayrton se entrarem no time não demonstrarão a falta de concentração que os titulares demonstraram. E precisamos de mais finalizadores de qualidade. Por isso defendo também o Robert nesse time. No lugar do Vinicius que também não pode ser mantido como titular, pois fica a criação nas costas do Gustavo Scarpa. Enfim, temos quatro rodadas pra desenhar 2016.

Tabelinha:

1 – Engraçado como ninguém reclama do Cavalieri. Só agarra bem em jogo grande. Aí eu vejo o Marcos Felipe agarrando pra caramba no Macaé, lembrando que era o goleiro titular da seleção sub-20 e atleta do Fluminense. O primeiro gol sofrido pelo Fluminense a bola era defensável. E o salário do Cavalieri é bom para ele mostrar resultados acima da média. Se não for assim, lança o Marcos Felipe.

2 – Demitam o Marcão. Para carregar cones e botar as redes, um garoto do Sub-20 faz e ainda treina e joga mais que muitos veteranos que temos no elenco. Ou então dá essa função para o Fred.

3 – “Dudu” Batista: treine uma semana inteira as finalizações em dois períodos. Inadmissível a imperícia dos nossos jogadores nesse fundamento.

4 – Marlon defendendo o Gum no final do jogo de sábado: ouvindo muitos criticando-o. Pra quem não se dá ao trabalho de ver os vídeos de bastidores é fácil. Marlon sempre participa ativamente das preleções, orientando os companheiros e motivando-os. Pode ter errado ao defender o indefensável. Mas essa postura de liderança ele sempre teve desde a categoria de base.

5- Próxima coluna virá com um raio-X completo do elenco. Desde os jogadores que lá estão, como os emprestados pelo mundo. Sexta-feira ela vai pro ar.

Ruan Veiga / Explosão Tricolor

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