Tudo errado, Marcão




Marcão (FOTO: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)

Tudo errado, Marcão (por Lindinor Larangeira)

Marcão é gente boa, simpático, amigável e sorridente. Vestiu a camisa do Fluminense com muita garra e disposição. Foi um jogador que representava a força da torcida em campo. Embora nunca tenha sido um craque, longe disso, muitos torcedores, como eu, o colocam na galeria dos ídolos tricolores.

Feita a pontuação sobre o cidadão Marcão e o ex-jogador Marcão, o treinador Marcão foi um dos grandes responsáveis, no campo de jogo, o maior talvez, por um verdadeiro show de horrores. Uma das atuações mais deprimentes da história do Fluminense.

Por isso, a ocasião permite fazer uma pergunta, originalmente uma provocação do atual presidente do clube ao tircedor: Marcão, o time que você escalou ontem deu dois treinos?

Pelo que vimos, ou melhor, pelo que não vimos, parece que os 11 que entraram em campo foram apresentados no ônibus que os levou para a Cidade do Aço, e antes da saída, Marcão deve ter jogado as camisas para o alto. Quem pegou jogou.

Vimos um verdadeiro bando, sem qualquer organização tática, disposição ou atitude. A indolência e displicência de alguns jogadores, sejam mais experientes, ou jovens, foi de tirar o torcedor do sério.

Não entrarei na análise individual, porque em início de temporada, prefiro observar melhor os jogadores. Mas não dá para passar pano e deixar de dizer que eles também são responsáveis pela derrota para um adversário fraquíssimo. Já sobre Marcão, não tem a menor condição de treinar um time do tamanho do Fluminense. Se a diretoria não tem a coragem de admitir a realidade, ele deveria ter o discernimento de retomar o aprendizado, a partir das divisões de base do clube.

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A péssima arbitragem também entra com sua cota de responsabilidade, com uma expulsão extremamente rigorosa e a não marcação de um pênalti, no último lance da partida. E talvez, se a jogada do gol fosse na outra área, o soprador de apito tivesse marcado jogo perigoso.

Por fim, na cadeia de responsabilidades, a maior, além do campo bola, talvez seja de dirigentes, de todos os clubes, que nada fazem para mudar as regras de uma competição falida. E a continuar com esse modelo superado, tendendo a ser, cada vez mais, desimportante.

No final, outra coletiva patética de Marcão, tentando justificar o injustificável, e a salutar e correta gozação do Volta Redonda. Afinal, o que vimos ontem foi uma partida digna da série C.

PS1: Depois da atuação de Vitor Eudes, a lista aumentou: meia, centroavante, volante e goleiro.

PS2: Quem lê a coluna lembra que cheguei a defender a renovação do contrato de Manoel, mas em seguida, pelas péssimas atuações do zagueiro, mudei de ideia e coloquei no papel, que seria um equívoco essa renovação. O início de temporada demonstra, que mudar de ideia, às vezes, é o correto.

PS3: Quem viu o jogo de ontem já pode pegar a carteirinha de “tricolor de verdade”?