Um Fluminense quase amador e sem alma




Foto: Vinicius Toledo / Explosão Tricolor

Um Fluminense quase amador e sem alma (por Vinicius Toledo)

Não foi nada fácil assistir sentado da arquibancada do Maracanã esse Fluminense sem alma comandado pelo técnico Renato Gaúcho. Pode ter certeza que não foi foi mesmo. Esse time já está devendo, aí pinta a oportunidade de deitar e rolar em cima do antepenúltimo colocado do Campeonato Chileno e, consequentemente, dar uma amenizada na relação com a torcida, mas…

Pois é, mais uma atuação horrorosa de um bando sem organização, lento e, principalmente, sem alma. Sim, um Fluminense quase amador e sem alma. Para piorar, um Fluminense com alguns jogadores de nível de Série B ou será que alguém acredita, por exemplo, que o Freytes e Everaldo teriam vaga no Sport, lanterna da atual edição do Brasileirão?

É bem verdade que o calendário do futebol é algo insano, pois os jogos estão sendo disputados de três/quatro em três/quatro dias. Também é verdade que o Renato Gaúcho pegou bando sem padrão algum e já montado por uma galera que jamais deve ter dado dois treinos na vida, mas que costuma fazer bons negócios para todos os envolvidos, menos, é claro, para o Fluminense, que só paga a conta mesmo e rescisões.

Apesar das duas verdades acima, é inaceitável que o time não tenha evoluído nada sob o comando do Renato Gaúcho, inclusive, a impressão que passa é a de que piorou. Além de não apresentar nada interessante sob o ponto de vista tático, parece que os jogadores não treinam finalizações. Um show de horrores na última bola, que muitas vezes lembra o futebol amador. O bico pro alto dado pelo Everaldo no segundo tempo deveria ser motivo de justa causa. Como é que pode um camisa nove do Fluminense finalizar dessa forma? Mais uma vez pergunto: quem manda no futebol do clube já deu dois treinos na vida? E o Freytes errando quase tudo? Pelo amor de Deus!

O fraquíssimo Unión Española ficou com um a menos, ainda no primeiro tempo, mas nem assim o Fluminense conseguiu dar uma sacolada nos caras. Keno fez o primeiro logo no início do segundo tempo e o Samuel Xavier fez o segundo. Confesso que comemorei discretamente, pois o futebol medíocre apresentado por esse time me deixou totalmente desnorteado na arquibancada do Maracanã. Na descida da rampa do setor sul, o meu amigo Fábio, da Força Flu, estava com a bateria da Fiel Tricolor e foi logo me avisando: “Vinicius, hoje não tem como descer com a bateria fazendo a festa do povo, o futebol apresentado pelo Fluminense foi vergonhoso”. Até a rapaziada da festa estava indignada na saída do estádio.

Pois é, esse é o retrato do atual Fluminense. Dá para melhorar? Sempre dá, inclusive, a torcida aguarda ações imediatas da diretoria, em especial, contratações de reforços de verdade, ou seja, chega de perebas!

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