Uma atuação para desapegar de vez das sombras do Jean

Meu amigos, muitas palmas para a bela partida que o Cícero fez. Mais palmas ainda pra aula de bola que o nosso Diego SHOWza deu, mas cá entre nós: E a atuação do garoto Douglas, hein!? Que partida!

Nos acostumamos, durante muito tempo, com a boa saída de bola que Jean dava ao time, suas boas atuações defensivas e ainda sua chegada ao ataque para conclusão de jogada. Lógico, com altos e baixos, como qualquer jogador, mas Jean marcou época no Tricolor.

Boa parte da torcida concordou que o “ciclo” do jogador já tinha se esgotado no clube e a transação com o Palmeiras foi a melhora coisa para as duas partes, mas ainda havia um parcela que sentia falta daquele baixinho ali que, em seus dias inspirados, tomava conta do meio campo e fazia a bola rodar com qualidade.

Douglas, que já dava aula na mesma posição de Jean, desde o sub-20, recebeu sua grande oportunidade ontem. Contra o Cruzeiro, no Mineirão, o garoto teve a responsa de volantar junto com Pierre e fazer a bola sair com qualidade da zaga e chegar aos pés de Cícero e Diego Souza, que jogaram mais adiantados.

E aí sou obrigado a repetir o que já escrevi antes: Que partida!

Dez anos mais novo que Jean, o garoto não sentiu o peso do jogo, nem da camisa que estava vestindo. Com sangue nos olhos fez desarmes perfeitos na proteção da zaga e com uma técnica apurada encontrava bons passes para deixar sempre nossos meias na boa.

Solto em campo, me fez pensar que a ordem de Eduardo Baptista foi: “Joga da mesma forma que você jogou no sub-20”. Na base, o volante ganhou notoriedade e foi uma das principais peças da equipe campeã invicta do Brasileiro da categoria, tendo liberdade para armar jogadas e finalizar em gol.

E assim, saiu nosso gol da vitória. O pênalti cometido por Fábio, em Felipe Amorim, aconteceu após o goleiro rebater um bom chute de Douglas.

Agora o recado é para nosso treinador:

Querido, Baptista. Não sei o que você fará para encaixar o Fred nesse time, mas se vira, amigão. Douglas é titular e não pode sair dessa equipe. Cícero e Diego Souza idem, mais adiantados e encostando no ataque. Estamos quase chegando na formação ideal, mas ainda falta ajustar o sistema defensivo.

Nossos zagueiros ficam muito expostos com as avenidas nas laterais. Scarpa pela direita para ajudar o Wellington na marcação acaba sendo “cobertor curto”. Perdemos o poderio ofensivo do Chutavinho, que parece se sentir mais a vontade pela esquerda.

No mais, estamos chegando lá. O time se entregando em campo é o que a torcida quer ver. Parabéns pela partida e pelo resultado de ontem. Que outras grandes vitórias, como essa, aconteçam em 2016! Amém!

Saudações Tricolores

Rafael Fernandes / Explosão Tricolor / Foto: Fluminense F.C.

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