
Dívida está na casa dos R$ 14 milhões
Infelizmente, uma bomba está prestes a explodir no Fluminense. O prazo para o pagamento das parcelas em aberto do Profut (programa de refinanciamento de dívidas lançado no governo Dilma Roussef) termina nesta sexta. E o clube não tem dinheiro para quitá-las.
A informação veio à tona na última segunda-feira, durante reunião do Conselho Deliberativo que aprovou as contas de 2018. Na ocasião, foi dito ainda que, somadas as parcelas vencidas do programa de refinanciamento da dívida pública e impostos não pagos após o período incluído pelo Profut, o valor devido está na casa dos R$ 14 milhões.
De acordo com o “Jornal Extra”, o departamento jurídico se movimenta para evitar uma punição e para refinanciar o que deve. A exclusão do Profut tem entre as consequências o aumento da dívida e das penhoras da Fazenda Nacional. No entanto, ela não é imediata. A Apfut, órgão responsável por centralizar as informações do programa, não costuma punir os inadimplentes sem antes sentar para muitas rodadas de negociação. O novo presidente deve ter a oportunidade de conversar com os credores.
— A situação do Fluminense é similar à de outros clubes e empresas. Ficam esperando sempre o próximo Profut, o próximo Refis. E, invariavelmente, os governos lançam um novo programa com juros e valores de parcelas menores. Então, os devedores mais contumazes acabam sendo os mais privilegiados. Isso é um problema que transcende o futebol — diz Pedro Trengrouse, coordenador acadêmico do curso de Aperfeiçoamento em Gestão de Esportes FGV/Fifa/CIES.
— A Apfut é formada por muitos técnicos competentes. Mas ela só tem autoridade no nome. Seus poderes são limitados. Seu trabalho é mais educativo do que punitivo.
Os candidatos à presidência têm noção do problema que os espera. Mas não sabem, por exemplo, quantas parcelas estão em atraso. A falta de transparência é um problema. Ao analisar o balanço de 2018, o auditor independente contratado pelo Fluminense revela que não obteve acesso a evidências de que as exigências da Apfut foram cumpridas e nem a uma confirmação do desfecho do processo administrativo aberto pelo órgão. Procurado, o clube não se pronunciou.
Confira os posicionamentos dos candidatos:
Mário Bittencourt
“Como todos sabem o Profut envolve débitos tributários (CSLL, PIS, COFINS e IR) e Previdenciários.
Apesar dos seus mais de três anos de vida, o Profut ainda é uma novidade para muitos gestores dos clubes brasileiros. Ao menos dezoito clubes estão inadimplentes, entre os da série A e B.
O Fluminense é um deles. Evidentemente que preocupa a sua exclusão, pois, não só não haverá o alcance da CND, bem como a dívida fiscal retorna com força e avidez: valor original atualizado, acrescido de multa e juros.
Tomei conhecimento que o departamento jurídico do clube está trabalhando para não só impedir que tal aconteça, mas para parcelar o atrasado em um novo REFIS. Torço para que aconteça, pois um revés será mortal às pretensões do Fluminense.
Se isso não for obtido antes da eleição posso garantir que será nossa prioridade logo na primeira semana de trabalho”
Ricardo Tenório
“Minha preocupação com as dívidas e com a enorme dificuldade de ter as informações corretas me fez escolher logo as indicações para vice jurídico e vice financeiro. No último balanço publicado pelo Fluminense, os auditores sinalizaram problemas com o Profut. Diante disso, pedi ao Rafael Rolim, indicado para ser o jurídico, que examine a situação.
(Em contato com a reportagem, Rafael Rolim afirmou que, caso a chapa seja vencedora, pagar as parcelas pendentes do Profut será ação prioritária. Ele afirma ainda que, paralelamente, deve manter a tentativa da diretoria atual de negociar o parcelamento da nova dívida contraída com impostos não pagos)”.
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Por Explosão Tricolor / Fonte: Jornal Extra
E-mail para contato: explosao.tricolor@gmail.com
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