Uma decisão de Taça BH Sub-17 com a cara da Federação Mineira de Futebol




Buenas, tricolada!

Acompanho essa geração sub-17 desde que foi forjada, quando muitos atletas ainda atuavam no futsal (no sub-cromossomos)! Vi a passagem destes moleques pro campo, e o elenco sendo agregado com talentos pinçados de outros Estados, como o excelente atacante João Pedro, que o Flu “roubou” do São Paulo! Assisti, ainda, a quase todas as partidas desta Taça BH, e os jogos que estes meninos desenvolveram encheram-me os olhos – inclusive na derrota da final!

Infelizmente, perdemos pro Galo por injustos e mentirosos 3×1 neste ano de 2018! O Flu começou massacrando, metendo duas na trave, fazendo gol e perdendo lances inacreditáveis! Era um passeio, da meiúca pra frente, da nossa meninada… mas tem dia que é noite!

O Atlético achou o seu tento de empate num pênalti maroto que o juizeco consignou. Falha do Martinelli, numa saída de jogo, roubada de bola dos caras, bate-rebate, chute dali, chute acolá, e o nosso zagueirão, de costas, tentando proteger-se, depois da finalização do atacante da terra do pão de queijo, da risca da grande área, assistiu à pelota resvalar levemente no seu braço! Enfim, uma Copa em MG, com 90% da torcida a favor do time da casa e promovida pela Federação que empresta o nome da Capital do seu Estado, sugeria um quadro quase inevitável nesse sentido!

O segundo gol dos mineiros saiu de um erro infantil do bom zagueiro Luan: na intermediária adversária, sozinho, ele tentou uma inversão de jogo para o lado esquerdo de ataque, de três dedos, pegou mal na redonda, e permitiu o contra-golpe em que os malandros viraram o confronto – por pouco um dos nossos defensores não conseguiu evitar este segundo triunfo, mas…

No final do primeiro tempo, esse mesmo juizinho deixou de marcar um pênalti claro a nosso favor, quando o tal de Neto derrubou desavergonhadamente o ótimo Wallace na área! Pois é, fato que confirma aquela minha impressão ali de cima, do segundo parágrafo: escalar um árbitro caseiro só poderia dar nisso!

No segundo tempo os adversários se fecharam, atuaram somente no nosso erro, o Flu martelou, martelou, mas não deu! O Luan foi expulso ainda na metade desta estapa, a meu ver acertadamente, já que fez falta passível de cartão amarelo… como já havia recebido tal punição anteriormente, o segundo amarelo e, consequentemente o vermelho, foi aplicado de maneira justa! No finalzinho, um contra-ataque permitiu o terceiro gol dos caras, e que deu números finais ao duelo!

Sobre a nossa molecada, putz, que geração maravilhosa – pode carregar tranquilamente a alcunha de DOURADA! É aquilo: muito cedo para fecharmos questões (já vimos muitas joias transformarem-se em lixo, e vários jogadores medianos virarem ídolos), mas o goleiro Marcelo, o lateral-direito Calegari, os zagueiros Davi e Luan (especialmente este segundo, mesmo não tendo realizado uma partida final como as anteriores), os volantes-meias André e Wallace (este também não repetiu os bons jogos que realizara até aquele momento), e o trio de frente Luís Henrique, Marcos Paulo e João Pedro, são talentos puros e natos – estes dois últimos então, putz, revelam-se a cada dia bastante diferentes! Da mesma forma, também é cedo para descartarmos A ou B, mas o lateral-esquerdo Marcos Pedro e o volante Martinelli destoam do restante do time… Erram mais do que acertam, a meu ver!

Ainda temos o meia-atacante Éwerthon, que nesta finalíssima não foi aproveitado, e a galera nascida em 2001, que esteve no banco a maior parte da competição, como os meias-atacantes Miguel e Kaká (entraram em campo no decorrer do segundo tempo do último duelo), useiros e vezeiros nas seleções de base! O melhor dos mundos é que a grande maioria desse elenco vice-campeão pertence ao Fluminense integralmente… Nada de fatiamentos, nada de empresários socando as mesas dos nossos gabinetes e fazendo exigências estapafúrdias etc etc etc!

Em suma, perder um título jamais será agradável, mas, nesta fase de maturação dos garotos, cabe-nos observar uma boa quantidade de valores que muito provavelmente serão guindados aos profissionais mais fortalecidos e prontos. Melhor mesmo do que propriamente paparmos alguns canecos, fato que via de regra ilude a torcida – os Gambás volta e meia abiscoitam a Copinha e pouquíssimos atletas são aproveitados nas suas equipes de cima! Afinal, é o que sempre apregoo: nas derrotas também são temperados os vencedores!

Fica para as competições seguintes, “Xerenzada”! Vocês honraram o manto e orgulharam demais os torcedores – ao menos a mim, e tenho a inegociável convicção, a inúmeros outros apaixonados pelas três cores!

Saudações eternamente tricolores!

Ricardo Timon



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