Vai ter jogo nesta quarta?
(por Lindinor Larangeira)
Em um dia sangrento no Rio, perguntar se Fluminense e Ceará vão entrar em campo nesta quarta-feira seria o cúmulo da alienação. Afinal, na outrora Cidade Maravilhosa, a única proteção que funciona é a divina.
A pergunta do título também tem outros aspectos. Se o Rio fosse um lugar seguro, a indagação não caberia. Por que a cidade mais linda do mundo pode nos negar o direito de ver uma mera partida de futebol? Estaríamos nós, cariocas, vivendo um regime de quase prisão domiciliar, por conta da insegurança pública?
Nesse jogo, todo mundo perde
Pessoas inocentes e policiais. Essas vidas foram perdidas, numa rotina que se repete, como o 4-3-3 do Zubeldía. A polícia é bucha de canhão de uma política que repete erros acreditando que o acerto vai chegar.
Minha solidariedade aos cidadãos honestos e trabalhadores, maioria nas comunidades. Minha solidariedade também às famílias dos agentes da Lei, que tombaram no cumprimento do dever. Aos marginais, nenhuma solidariedade. Apenas a estrita aplicação da Lei. O que é um princípio básico do Estado Democrático de Direito.
No jogo dessa terça-feira, que foi mais uma operação desastrada, a vida humana perdeu de goleada para o time da barbárie.
Esse treinador, digo governador, tem que ser demitido
Presidente Mário, desculpe, é a força do hábito, digo, presidente Lula, como cidadão carioca e cria do Complexo da Penha, não aguento mais. Intervenção federal já!
Chega de Cláudio Castro e sua incompetência. Quero viver em um lugar que me dê o direito básico e constitucional de ir e vir. Inclusive para ver o Fluminense jogar.
PS1: Perdão, leitores. Mas hoje não dava pra falar de futebol.
PS2: Esse texto é de inteira responsabilidade de seu autor.
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