Vamos agir!




Fala, galera tricolor! Semana desastrosa com resultados ruins, time jogando mal e deixando muitas dúvidas sobre a sobrevivência do Fluminense no campeonato. Até o nosso treinador deu uma desanimada, já não tem gritado tanto à beira do gramado, parece resignado nas entrevistas e o seu time também deixou de ter a “alma” que é a marca dessa equipe nos seus bons momentos. Mas não dá para culpar o nosso comandante por essa queda brusca de rendimento, na verdade seria até insano creditar à ele a culpa pelo mal momento, se não fosse o Abelão só Deus sabe o que seria de nós.

Com todos os jogadores do elenco à disposição, podemos considerar que temos um bom time, como já comprovamos fazendo bons jogos neste ano, entretanto, é muito desequilibrado, basta ter mais de um desfalque ou perder jogadores como Wendel, Henrique Dourado ou Sornoza, que o time empaca. O elenco do Fluminense nos força a jogar sempre aberto em demasia, nenhum dos nossos volantes são do tipo “cincão porrador”, nossos laterais marcam frouxo, nossa defesa é uma peneira, tomamos gol de tudo que é jeito, nossos zagueiros são muitos ruins, até parecia que tinha melhorado com a efetivação do Reginaldo, mas a verdade é que não passa confiança alguma, tem sempre uma pixotada, toda hora levamos gols bobos.

Aí eu te pergunto, o que a nossa diretoria está fazendo para resolver a questão? Só vejo especulações de compra e venda dos nossos atletas, salários atrasados e uma inércia sem fim. Semana passada foi anunciada a venda do Léo e a chegada do Marlon; o primeiro nem foi relacionado para o jogo com o Bahia e o segundo realizou exames médicos. Já se foram duas rodadas e nada foi resolvido, um ainda não foi vendido e o outro também aguarda o desfecho do primeiro para fazermos uma operação casada. Não é possível que as pessoas que comandam o clube não percebam a zona de perigo que nos encontramos. Imagina esse elenco imaturo, cheio de moleques verdes, muitos jogando o Campeonato Brasileiro pela primeira vez, assimilando uma sequência de derrotas, coisa que pode acontecer.

O que mais dói no coração de todo tricolor é saber que tivemos mais de uma década de patrocínio forte, onde bastava fazer um modelo de gestão séria para sanearmos as nossas contas, mas olhando para trás, e lembrando de tudo que o nosso ex-presidente Peter Siemsen dizia sobre nossas contas estarem equilibradas, e a capacidade do Fluminense caminhar sozinho e forte, sem depender da antiga patrocinadora era tudo da boca para fora, na verdade foi ainda pior do que imaginávamos, pois criamos uma folha muito acima da nossa capacidade de arrecadar, e o presidente Pedro Abad – que hoje se vê num cobertor curto – disse durante a sua campanha que tinha orgulho de fazer parte dessa história estando à frente do Conselho Fiscal e ajudando a equacionar as nossas dívidas. Hoje temos dificuldades até para pagar R$350 mil por um jogador do Criciúma, somos obrigados a atrasar alguns pagamentos, o CT está parado e ainda devemos ao Pedro Antonio. Fazer uma gestão séria e austera é necessário e louvável, mas isso não quer dizer cruzar os braços e torcer por uma venda que resolva nossos problemas financeiros. Ser um Presidente de um Clube de Futebol com a grandeza e história do Fluminense necessita muito mais do que boas intenções. Vamos acordar!

É só! 

Saudações Tricolores! 

Paulo Brightmore

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